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Menino atacado pediu para que tigre não fosse morto, diz pai

Pai disse que viu o filho mexendo com o leão e com o tigre; há expectativa de alta para esta terça

Por Da Redação
4 ago 2014, 14h02

O pai do menino que foi atacado por um tigre no Zoológico de Cascavel, no Paraná, disse em entrevista ao Fantástico que, logo após ser atacado, o menino pediu para que o animal não fosse sacrificado. “Não mata o tigre”, teria gritado o garoto, segundo o pai, Marcos do Carmo Rocha. “Já sem o braço ele pensou no tigre em primeiro lugar”, afirmou.

Na quarta-feira passada, o pai levou os dois filhos – um de 3 e um de 11 – ao zoológico, e o mais velho acabou pulando a grade de proteção que dá para a jaula dos leões e dos tigres. Em depoimento à polícia, o pai afirmou que não viu o filho pulando a grade porque estava ocupado cuidando do menor. No entanto, em entrevista ao Fantástico o pai afirmou: “Vi que a situação estava sob controle, o leão estava muito tranquilo”. Em relação ao momento em que o menino se pendura na jaula do tigre, Carmo Rocha disse que pediu o menino não fizesse mais isso.

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Além de tentar tocar no tigre e atiçá-lo, correndo de um lado para o outro da jaula, o veterinário responsável pelo animal, Valmor dos Passos, disse que o menino ofereceu ossinhos de frango cozido ao tigre. “A gente tinha almoçado no restaurante e os meninos tinham o costume de levar para dar aos cachorros”, disse Carmo Rocha. O pai disse que se preocupou quando o maior quase tocou o focinho do animal, porque o filho de 3 anos estava se envolvendo e poderia querer fazer o mesmo. Em seguida o tigre atacou. “Coloquei a mão na boca, enfiei o dedos no olho do tigre. Ele não se mexeu, eu enfiei no outro. Eu achei que fosse funcionar mas ele nem ligou”

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A mãe do menino, que não quis ter identidade revelada, está separada de Carmo Rocha há mais de dez anos. Ela disse que não culpa o ex-marido pelo ocorrido. “Acidentes acontecem. Poderia ter sido com o meu filho e poderia ter sido com o filho de outra pessoa”, disse. A poícia investiga se houve negligência por parte do pai ou do zoológico. Segundo o advogado do menino, Yvan Gomes Miguel, a responsabilidade é do zoológico. “Eles são prestadores de um serviço que tem um perigo inerente e eles têm a obrigação de proteger os consumidores de eventuais acidente”, disse Miguel.

O Zoológico de Cascavel conta com nove vigias e o responsável pela área dos felinos cuida também de mais três áreas – a área total do zoológico é de 16 hectares. Segundo Valmor dos Passos, o zoológico cumpre com todas as medidas de segurança impostas pelo Ibama, tanto para a proteção do animal quanto a do visitante. “Para uma atitude impensada e imprudente, não há normas técnicas que resistam”, disse.

Segundo os médicos responsáveis pelo menino no Hospital Universitário do Oeste do Paraná, não havia chance de reconstrução e ele deve ficar internado até, pelo menos, esta terça. “Tem que ser forte porque a vida continua”, disse a mãe com relação à rápida recuperação do filho.

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