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Sombra do ex-chefe da Polícia Civil ronda a posse de Martha Rocha

Indiciado por vazamento de informações da Operação Guilhotina, Allan Turnowski falta à cerimônia e, por carta, diz que vive "momento difícil"

Por Rafael Lemos
18 fev 2011, 17h32

Um dia após o indiciamento do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Allan Turnowski, a delegada Martha Rocha tomou posse do cargo em cerimônia realizada na Academia de Polícia. Diante do constrangimento de uma sucessão que acontece em meio a escândalos de corrupção na sua gestão, Turnowski limitou-se a enviar uma carta através de seu sub-chefe de polícia, delegado Fernando Albuquerque. E, em seus discursos, tanto o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, quanto a nova chefe da Polícia Civil, evitaram citar o nome de Allan Turnowski mesmo ao fazer elogios protocolares ao trabalho do “chefe de polícia anterior”, ou “meu antecessor”.

Na carta, Turnowski pediu desculpas à “amiga” Martha Rocha pela ausência na cerimônia, apontando como justificativa “o difícil momento vivido e a necessidade do descanso imediato”. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio pediu à sucessora que dê continuidade aos seus projetos e que aproveite as oportunidades propiciadas pelo “momento histórico” que vive o estado.

Sem nenhuma referência direta à Operação Guilhotina, Beltrame falou em “mudanças e transformações” na Polícia Civil. E afirmou que “a valorização de uma instituição passa indiscutivelmente pela capacidade que ela tem de resolver os seus próprios problemas”, e que “a doutora Marta Rocha chega definitivamente aliada a este propósito”.

Em coletiva após a cerimônia, Martha Rocha defendeu uma corregedoria mais pró-ativa e garantiu que vai combater fortemente as milícias.

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“Em 2007, atuei no combate às milícias. Cheguei até a receber ameaça. Se como delegada tive essa preocupação, automaticamente essa também será uma preocupação da Polícia Civil. Não há área, território ou matéria intocável”, afirmou a delegada.

Martha se recusou a comentar o indiciamento de seu antecessor e disse que aguardará o prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito e da sindicância interna sobre o caso. Até lá, ela fez um apelo aos jornalistas: “Por favor, me deixem trabalhar”.

A nova chefe da Polícia Civil avisou que não vai esperar até a segunda-feira para começar os trabalhos. Neste sábado, às 10h, ela e toda sua equipe fazem a primeira reunião estratégica. Na terça-feira, às 15h, a delegada prometeu anunciar novos nomes que integrarão sua equipe.

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