Marina diz votar em Aécio pela garantia do Bolsa Família
Tanto Marina quanto Aécio defenderam, durante a campanha, a manutenção e a ampliação - se necessário - do programa
Derrotada no primeiro turno das eleições, Marina Silva reforçou o voto em Aécio Neves (PSDB) neste domingo, no Acre, destacando a série de propostas firmadas entre os dois. Entre os pontos acordados, a ex-candidata destacou o compromisso do tucano em institucionalizar o Bolsa Família para que o programa seja um direito de “todas as pessoas fragilizadas”. “Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida têm de ser um direito, e não um favor”, afirmou.
Embora a campanha da presidente Dilma Rousseff tenha espalhado que seus adversários iriam acabar com o Bolsa Família, tanto Marina quanto Aécio defenderam a manutenção e a ampliação do programa. Na reta final do primeiro turno das eleições, Marina chegou a defender o pagamento de um 13º salário aos beneficiários. “Eu fui muito atacada, muito desconstruída nessa campanha, mas o povo brasileiro mais uma vez mostrou que acredita no projeto político que une o Brasil, que apresenta plano de governo e que quer discutir a educação de tempo integral, o passe livre, a melhoria de vida nas cidades e a proteção ao meio ambiente”, afirmou, referindo-se aos mais de 22 milhões de votos que recebeu.
Marina exaltou acordos com Aécio referentes a outros setores, como saúde, educação e segurança pública, e disse acreditar que a população brasileira fará “prevalecer aquilo que é melhor para o Brasil”. “Que a gente recupere a economia do nosso país. Hoje estamos com a inflação, crescimento e juros altíssimos, além de uma situação de baixo investimento, ameaçando o emprego e o salário dos trabalhadores, e de graves denúncias de corrupção. É preciso buscar uma gestão que seja eficiente”, disse.
Questionada sobre o vandalismo na sede da Editora Abril e a censura do PT, Marina se disse “favorável à liberdade de expressão”. “Qualquer denúncia de corrupção deve investigada pela Justiça. E que a Justiça dê o seu veredicto”, afirmou.
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Futuro político – Encerrada a eleição, Marina diz que vai voltar para as suas causas, entre elas a militância sócio-ambiental, e que não fica “na cadeira cativa de candidata”. A ex-senadora ressaltou a necessidade de unir o país e de melhorar a “qualidade da política”. “Precisamos de uma governança baseada em programa, não em pragmatismo da distribuição de ministérios. Temos de governar com os melhores. É assim que se faz nas democracias desenvolvidas e é assim que precisamos fazer no Brasil”, afirmou.