Manifestantes invadem a Câmara Municipal de Salvador
Grupo de 30 pessoas afirma que só deixará a Casa se for recebido pelo prefeito
Um grupo de 30 pessoas ligadas ao Movimento Passe Livre (MPL) invadiram nesta segunda-feira a Câmara de Vereadores de Salvador (BA). Eles afirmam que só sairão do local se o prefeito Antonio Carlos Magalhães Neto aceitar recebê-los. A invasão ocorreu às 16 horas, minutos após a sessão da Casa ser suspensa por falta de quórum.
A mobilização não estava agendada e surpreendeu até integrantes do grupo, que questionaram a ação nas redes sociais. Ao tomar a galeria do prédio, os manifestantes entregaram uma lista de reivindicações. Entre elas estão a redução imediata das tarifas de ônibus de 2,80 para 2,50 reais e a circulação de coletivos por 24 horas. Na capital baiana, não houve reajuste nos preços da passagem neste ano.
O MPL se comprometeu nas redes sociais a não realizar nenhum ato de vandalismo. “Saia da sua casa agora para fazer vigília e impedir qualquer tipo de agressão policial. Vamos fazer uma virada cultural, com poesias, música, dança, etc”, informou o comunicado divulgado na página do grupo no Facebook.
ACM – A prefeitura de Salvador informou, por meio de nota, que “estão em fase de implantação várias medidas que estão na pauta de reivindicações do Movimento Passe Livre, como o bilhete único, a reativação do Conselho Municipal de Transportes, e ônibus 24 horas”. Ainda de acordo com o texto, “a prefeitura já solicitou das empresas de ônibus a planilha de custos” e “o prefeito sempre se colocou à disposição para receber uma comissão do movimento, o que não aconteceu por falta de consenso do grupo sobre a escolha dos representantes para o encontro”.
ACM Neto participa nesta segunda-feira da recepção ao papa Francisco, no Rio, e voltará a despachar em Salvador na terça-feira.
O presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Câmara (PSDB), descartou acionar a Polícia Militar para liberar o prédio. Ele deve se reunir com o MPL às 14 horas desta terça-feira e pretende intermediar uma audiência dos manifestantes com o prefeito ACM Neto.
(Com Estadão Conteúdo)