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Maioria da CPI quer convocação de governadores

Dos 32 integrantes da CPI do Cachoeira, 16 defendem a convocação imediata dos governadores Agnelo Queiroz, Marconi Perillo e Sérgio Cabral

Por Da Redação
6 Maio 2012, 08h35

Enquete feita pelo jornal O Estado de S. Paulo com os 32 titulares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira mostra que será infrutífera a tentativa de blindagem dos partidos aos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB); Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT); e Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e ao empresário Fernando Cavendish, da Delta Construção.

A maioria disse ser favorável à convocação imediata do quarteto para prestar esclarecimentos à comissão que pretende investigar as relações de agentes públicos e privados com o esquema ilegal de exploração de jogos comandado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira.

Dos 32 integrantes da comissão, 7 senadores e 9 deputados defendem essa posição, somando 16 votos. Como o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), só vota para desempatar, ele não conseguiria mudar o resultado de uma eventual convocação dos governadores e do empresário, mesmo que optasse por dar seu voto. No máximo, empataria o placar. Vital disse ao Estado que, por ser presidente da CPI, não revelaria seu voto.

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O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), também é cauteloso. Ao afirmar que não há tema proibido para as investigações, defende que, antes da convocação dos governadores e do empresário, sejam analisados os documentos das Operações Vegas e Monte Carlo. As duas ações da Polícia Federal desvendaram o esquema de corrupção e tráfico de influência montado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Seguem o raciocínio de Cunha mais quatro senadores e seis deputados. “Eu quero, sim, convocar governadores e o empresário Cavendish. Mas, primeiro, quero olhar os documentos até para saber o que vou perguntar”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE), também relator do processo de cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) no Conselho de Ética do Senado. Demóstenes está sendo acusado de mentir no plenário do Senado por ter negado qualquer ligação com Cachoeira. Mas cerca de 300 conversas entre os dois constam das gravações feitas pela PF, e a situação do senador é a pior possível ante seus pares.

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Nas discussões sobre o planejamento de trabalho da CPI, parlamentares cobraram a necessidade dos depoimentos de Cavendish e dos três governadores. Agnelo Queiroz é acusado de negociar facilidades com a Delta como contrapartida por supostas doações eleitorais. De Sergio Cabral são cobradas explicações sobre suas relações com o empresário Fernando Cavendish, de quem é amigo pessoal. No caso do tucano Marconi Perillo, as gravações da Polícia Federal sugerem que nomeações no governo goiano teriam sido pedidas pelo contraventor Carlinhos Cachoeira.

Por enquanto, no entanto, o relator Odair Cunha, aliado do Palácio do Planalto, excluiu do plano de trabalho do colegiado até o fim de maio os depoimentos do quarteto. Na quarta-feira passada, quando aconteceu a segunda reunião da CPI do Cachoeira, foram aprovados 51 requerimentos para depoimentos, compartilhamento de dados e cessão de servidores públicos para os trabalhos do colegiado.

(Com Agência Estado)

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