Macapá: prefeito preso pela PF e candidato do Psol vão ao 2° turno
Roberto Góes (PDT) conquista 40% dos votos, candidata apoiada pelo governador fracassa
As eleições em Macapá serão decididas em segundo turno entre o atual prefeito Roberto Góes (PDT) e o vereador Clécio Luis (Psol). Os últimos resultados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando mais de 95% das urnas já haviam sido apuradas, apontam que Góes conquistou 40% dos votos e Clécio, 27,9%.
A candidata Cristina Almeida (PSB) ficou em terceiro lugar, com 16,4%. Davi Alcolumbre (DEM) ficou em quarto, com 10,7% dos votos. Genival Cruz (PSTU) teve 3,1%. Evandro Milhomen (PC do B), aparece na sequência, com 1,5%.
O resultado marca uma recuperação da imagem do prefeito Góes, que foi abalada em 2010, quando ele foi preso pela Polícia Federal, acusado de participar de um esquema de fraudes em licitações da prefeitura de Macapá. Góes chegou a ficar preso por dois meses no presídio da Papuda, em Brasília. Solto, voltou ao cargo e passou a se concentrar na reeleição.
Já o candidato Clécio Luis cumpre seu segundo mandato de vereador em Macapá. Ele é apoiado pelo senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), que é bastante popular no Amapá.
O resultado também marca o fracasso da candidatura da deputada estadual Cristina Almeida (PSB), que ganhou notoriedade nacional em 2006, ao concorrer a uma vaga ao Senado contra José Sarney (PMDB) e quase ganhar. Ela era a aposta do governador Camilo Capiberibe (PSB), que busca aumentar sua influência no estado e ocupar o espaço que até 2010 era dominado pelo grupo da “harmonia”, que sofreu abalos ao protagonizar o maior escândalo de corrupção da história do Amapá.
O grupo era liderado pelos ex-governadores Waldez Góes (PDT) e Pedro Paulo Dias (PP). Os dois foram presos em setembro de 2010, acusados de liderarem um esquema que desviou pelo menos 300 milhões de reais em verbas enviadas ao Amapá pelo governo federal.