Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Justiça manda soltar policial que matou camelô em SP

Decisão da 5.ª Vara do Júri de São Paulo liberta o PM Henrique Dias Bueno de Araújo, preso em flagrante por atirar em vendedor durante confusão na Lapa

Por Da Redação
22 set 2014, 22h00

A juíza Eliana Cassales Tosi de Melo, da 5.ª Vara do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo, mandou soltar o policial militar Henrique Dias Bueno de Araújo, que atirou na cabeça do camelô Carlos Augusto Muniz Braga enquanto tentava coibir a venda de produtos ilegais em uma fiscalização na Lapa, Zona Oeste da capital paulista, na última quinta-feira.

Ao decidir pela soltura, a juíza argumentou que o disparo se deu durante ação policial e que Araújo voltou-se à vítima “após ter tido aparentemente seu braço esquerdo bruscamente puxado por ela”. Ela também afirmou que “é dos autos que o réu estava na segurança de parceiros, também policiais militares, que então continham uma outra pessoa, em meio a populares aparentemente insatisfeitos com a presença da polícia no local, daí a necessidade de então encontrar-se armado”.

Leia também:

Morte de camelô foi ‘caso isolado’, diz Haddad

A ordem de soltura foi assinada no sábado, mas só foi remetida ao Ministério Público Estadual nesta segunda-feira. A prisão tinha sido feita em flagrante. Ao expedir o alvará de soltura, a juíza determinou que Araújo não poderá deixar a cidade e deve comparecer todos os meses ao fórum “para informar e justificar suas atividades” – um procedimento de praxe nesses casos.

Continua após a publicidade

“Se o acusado der mostras de que colocará em risco a instrução processual e a eventual aplicação da lei penal ou no caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, poderá ser substituída a medida, imposta outra em cumulação, ou, decretada a prisão preventiva”, escreveu a juíza.

Tiro – Araújo atirou na cabeça do camelô enquanto o PM e outros dois outros policiais tentavam imobilizar outro ambulante, jogado no chão porque se recusava a se desfazer de seus CDs piratas. Enquanto as pessoas ao redor da cena gritavam para Araújo baixar sua arma, Braga tentou tomar um spray de pimenta que o PM empunhava na outra mão. Ao reagir, Araújo atirou em Braga.

No auto de prisão, Araújo foi defendido por um dos colegas, o PM Wilian Cavalheiro dos Anjos. Segundo o processo, Cavalheiro disse que “no momento do disparo efetuado pelo soldado Henrique Dias, um popular investiu contra o soldado, segurando uma de suas mãos, a qual segurava um gás pimenta, tendo o soldado, na tentativa de se defender, e em ato reflexo, virado-se e efetuado um disparo”.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.