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Jornalista nega que tenha entregue dinheiro do PT a mensaleiro

Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, diz que foi três vezes à casa de Breno Altman, militante do PT e amigo de Dirceu, buscar dinheiro para Enivaldo Quadrado. O jornalista nega

Por Da Redação
11 out 2014, 10h08

Há três semanas, VEJA revelou que o mensaleiro Enivaldo Quadrado estava chantageando o PT. Ele ameaçava contar que, em 2004, o partido comprara por 6 milhões de reais o silêncio do empresário Ronan Maria Pinto, que – em outra chantagem – ameaçava envolver o ex-presidente Lula, o ministro Gilberto Carvalho e o ex-ministro José Dirceu no assassinato do prefeito Celso Daniel, de Santo André. O que assustava os petistas era a possibilidade de Quadrado desvendar para a Polícia Federal o significado de um documento apreendido no escritório do doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lavo Jato: um contrato mostrando que os tais 6 milhões de reais exigidos em troca do silêncio foram efetivamente transferidos para Ronan Maria Pinto em 2004.

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Nesta semana, em depoimento à CPI mista da Petrobras, Meire Poza, ex-contadora de Youssef, afirmou que o PT realmente pagou Quadrado, também envolvido na engenharia financeira do golpe contra a Petrobras. Segundo declarou aos parlamentares, ela própria foi três vezes – em maio, junho e julho deste ano – à casa do jornalista Breno Altman, militante do PT e amigo de Dirceu, buscar dinheiro para Quadrado – parcelas equivalentes a 15.000 reais mensais. Em duas ocasiões, recebeu um pacote de reais. Em outra, dólares. De acordo com ela, contudo, as quantias teriam sido usadas para quitar a multa imposta pela Justiça na condenação do mensalão. Em entrevista a VEJA, concedida por e-mail, o jornalista negou que tenha entregue dinheiro do PT a Meire para que repassasse a Quadrado:

O senhor afirma que tem relações pessoais com o sr. Enivaldo Quadrado desde os anos 90. Como travaram conhecimento e para quais finalidades? Ele trabalhava em uma corretora de investimentos e eu era sócio de uma editora. Passamos a ter contatos a partir de então.

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Qual foi a última vez em que teve contato com ele? Há dois ou três meses.

O senhor afirma que Enivaldo Quadrado e Meire Poza estiveram em sua casa duas vezes. Quando aconteceram esses encontros? Provavelmente entre maio e junho.

O senhor afirma que pediu os encontros com Enivaldo Quadrado para que ele lhe prestasse assessoria contábil para exportação de serviços jornalísticos e de consultoria. Por que decidiu pedir assessoria contábil ao dono de uma revenda de carros usados condenado num processo por lavagem de dinheiro? Não pedi assessoria contábil a ele, mas uma indicação para minha necessidade profissional, em função de sua experiência no mercado financeiro. A sra. Meire Poza o acompanhou por esse motivo.

O senhor entregou dinheiro em três ocasiões a Meire Poza – duas vezes reais, uma vez dólares – para que ela repassasse as quantias ao mensaleiro Enivaldo Quadrado? Não.

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Meire Poza alega ter uma gravação que comprova um dos encontros para recolher dinheiro com o senhor. Essa afirmação o surpreende? Não pode haver provas daquilo que inexistiu.

O senhor tomará medidas legais contra Meire Poza? Que tipo de reclamação legal pretende fazer? Já acionou advogado? Meu advogado está analisando seu depoimento para verificar qual a melhor providência.

Em depoimento dado por Marcos Valério em 2012, o senhor é citado como a pessoa que fazia a intermediação entre o chantagista Ronan Maria Pinto e o PT. O que tem a dizer sobre essa alegação? Mentira deslavada.

O senhor presta ou prestou serviços ao Governo Federal em tempos recentes? Nem em tempos recentes, nem ancestrais. Jamais fui funcionário de qualquer governo ou partido. Jamais prestei serviços ao Estado.

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