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Janot quer investigar Edinho por dívidas de campanha pagas por laboratório em 2014

Procurador-geral da República considerou revelações feitas pelo senador Delcídio do Amaral em sua delação premiada de que o ministro, tesoureiro da campanha que reelegeu Dilma, contou com o laboratório EMS para ajudar petistas endividados

Por Da Redação 2 Maio 2016, 20h29

O pedido do procurador-geral da República Rodrigo Janot ao Supremo Tribunal Federal (STF) para abertura de um segundo inquérito contra o ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo, Edinho Silva, se baseou no trecho da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) em que ele narra um artifício usado por Edinho, tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014, para ajudar candidatos petistas em apuros financeiros.

Candidato derrotado ao governo do Mato Grosso do Sul em 2014, Delcídio afirma ter procurado o ministro para que ele o ajudasse a abater uma dívida de um milhão de reais de sua campanha com a FSB Comunicação e a Black Ninja, de Zilmar Fernandes, ex-sócia do marqueteiro Duda Mendonça.

Edinho teria proposto, de acordo com o ex-petista, que Delcídio pedisse às empresas credoras a emissão de notas fiscais nos valores devidos, mas que colocassem o laboratório farmacêutico EMS como cliente dos serviços. Vem daí a conclusão do senador, registrada em sua delação premiada, de que, com a decadência dos empreiteiros atingidos pela Operação Lava Jato, planos de saúde e laboratórios farmacêuticos estariam se tornando os pagadores de propina preferidos aos caixas-dois de campanhas políticas.

Delcídio conta que a FSB e a Black Ninja apresentaram notas fiscais e pagaram impostos sobre elas, mas não quiseram receber do laboratório quando vieram à tona denúncias do envolvimento do EMS na Lava Jato. As empresas “cancelaram as notas fiscais e ficaram no prejuízo”, relatou Delcídio em seu depoimento. Sem solução e “com as contas penduradas”, o senador foi orientado por Edinho a procurar o ministro Aloízio Mercadante, que acabou o orientando a pedir uma doação de campanha diretamente ao presidente do laboratório farmacêutico.

“Esses fatos apontam, no mínimo, para a prática de crime de corrupção passiva qualificada”, escreveu Janot na solicitação enviada ao relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki. De acordo com o procurador-geral da República, “os fatos narrados indicam que os valores indevidos a serem entregues aos destinatários passariam por processos de ocultação e dissimulação, indícios veementes de que são provenientes de crimes contra a Administração, no caso transmudados em doações de campanha”.

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