O incêndio que atingiu na manhã desta segunda-feira a favela do Moinho, na região central de São Paulo, foi controlado pelo Corpo de Bombeiros por volta das 8h15. As chamas consumiram parte da favela e causaram a interdição em algumas das principais vias da capital. Este é o sétimo incêndio em favelas da capital paulista nos últimos quarenta dias e o 34º caso apenas no estado de São Paulo. O Moinho já tinha sido atingido por um grave incêndio em 22 dezembro de 2011.
As autoridades ainda não sabem dizer o que teria iniciado o incêndio. Vinte viaturas dos bombeiros e cerca de setenta homens da corporação atenderam a ocorrência. A Defesa Civil, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), uma equipe da Eletropaulo e a Polícia Militar acompanham os trabalhos. Até as 8h30 não havia informações sobre vítimas.
Por causa da intensidade das chamas, que correm por baixo do Viaduto Orlando Murgel, a via está interditada nos dois sentidos. A ponte liga as avenidas Rio Branco e Rudge, na região dos Campos Elísios. A CET recomenda aos motoristas que utilizam a Avenida Rio Branco, sentido centro, a seguir o desvio pelas ruas Norma, Pieruccini Giannotti e Sérgio Tomás. No sentido bairro deverão utilizar a Avenida Duque de Caxias.
Duas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão paradas em função do incêndio. Os trens da linha 8 tiveram circulação interrompida entre as estações Júlio Prestes e Barra Funda. Já a linha 7 parou na Estação Barra Funda, onde é possível fazer transferência para o metrô. A assessoria de imprensa do Metrô informa que no horário de pico todos os trens já estão em circulação para atender ao aumento de demanda. O incêndio, segundo eles, não interfere na circulação do Metrô.
Já os usuários de ônibus são mais atingidos pelas interdições, são dezessete linhas da SPTrans que tiveram a circulação parada ou alterada, afirma a companhia. Há técnicos da SPTrans na região para orientar sobre o percurso dos coletivos.
Em dezembro de 2011, a mesma comunidade foi vítima de um grande incêndio, quando 368 barracos foram destruídos e cerca de 1,5 mil moradores ficaram desabrigados. Na época, o plano era transformar a região em parque. Segundo a prefeitura informou na data, três terrenos estavam em análise para receber as famílias que ocupam o Moinho.
Texto atualizado às 9h30 para acréscimo de informações.
(Com Agência Estado)