Haddad: um prefeito em queda livre
Sequência de tropeços eleva a reprovação à gestão do prefeito de 36% para 47% – o pior índice desde que assumiu a prefeitura há 18 meses
Na última sexta-feira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), recebeu uma notícia aterradora: a mais recente rodada do Datafolha constatou que sua administração é reprovada por quase metade dos paulistanos – 47% dos entrevistados, a pior avaliação de um prefeito desde Celso Pitta (54%), cuja gestão acabou marcada por denúncias de corrupção. Horas antes da divulgação dos dados, Haddad havia sido cobrado publicamente por seu padrinho político, o ex-presidente Lula, que faça propaganda para tentar salvar sua gestão. Mais do que a preocupação com o naufrágio do seu “poste paulistano”, Lula teme pelos efeitos negativos da administração Haddad na candidatura do seu novo “poste”, Alexandre Padilha (PT), candidato ao Governo de São Paulo, que patina com 4% de intenções de voto. Ao contrário da recomendação de Lula, o prefeito decidiu sair em férias sem avisar. A notícia surpreendeu até mesmo seus aliados no PT, que passaram a bombardear internamente no partido seu governo. Relembre os tropeços que marcaram os primeiros dezoito meses da administração Haddad.