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Gurgel sobre Lula: ‘Nada deixará de ser investigado’

Operador do mensalão, Marcos Valério disse que Lula deu aval para empréstimos fraudulentos dentro do esquema do mensalão e que ex-presidente teve gastos pessoais pagos por dinheiro de corrupção

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 dez 2012, 10h02

Chefe do Ministério Público Federal (MPF), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta quarta-feira que vai analisar o depoimento prestado pelo empresário Marcos Valério em setembro deste ano. Ao falar à Procuradoria-Geral da República, o operador do mensalão afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu aval para os empréstimos bancários fraudulentos que irrigaram o esquema do mensalão – e que o próprio petista teve despesas pessoais pagas com recursos da trama criminosa. Tudo sobre o julgamento do mensalão Freud Godoy: os rolos do faz-tudo de Lula Oposição formaliza pedido ao MP para investigar Lula “Agora eu vou analisar o depoimento e serão tomadas as providências que são cabíveis para a completa investigação de tudo que demande apuração”, disse Gurgel na última sessão plenária do ano no Supremo Tribunal Federal (STF). “Vamos ver o que existe no depoimento que possa motivar futuras investigações. Como sempre, nada deixará de ser investigado”, afirmou, acrescentando que uma eventual investigação contra o ex-presidente, que não tem mais direito ao foro privilegiado, não compete à procuradoria-geral da República, e sim à primeira instância. De acordo com o procurador-geral, é preciso analisar “em profundidade” o depoimento de Valério. Parceiro preferencial do Partido dos Trabalhadores no esquema do mensalão, o publicitário foi condenado a mais de 40 anos de prisão pelo STF por movimentar 153 milhões de reais e participar diretamente do esquema de corrupção e compra de deputados federais. “Desde o início (do julgamento do mensalão), a conduta de Marcos Valério foi de afirmar esse interesse de colaborar com a Justiça, mas não o concretizou com declarações efetivamente importantes para o Ministério Público. Temos agora esse depoimento prestado em setembro e ele será avaliado”, informou Gurgel. O chefe do MP disse ainda que “é preciso que haja consistência no que for alegado”. Antes da sessão plenária final do STF, Gurgel ainda confirmou que o empresário mineiro apresentou ao Ministério Público dois comprovantes de depósitos. Na versão de Valério, o dinheiro, cerca de 100 000 reais, foi depositado na conta de uma empresa de segurança de Freud Godoy, amigo e segurança de Lula, para depois ser repassado ao ex-presidente. A CPI dos Correios, que investigou o esquema do mensalão, já havia detectado uma dessas transferências bancárias, mas não havia mapeado o beneficiário final do dinheiro. Risco de vida – Embora Marcos Valério tenha revelado ao Ministério Público, entre outros pontos, que o PT cobrava propina de empresas que tinham contratos com o Banco do Brasil e que ele próprio havia sido ameaçado de morte para se manter em silêncio, o procurador-geral da República disse que a defesa de Valério informou não haver necessidade, por enquanto, de proteção policial ao réu. “Tão logo haja uma sensação de Marcos Valério estar em perigo, que isso seja comunicado ao Ministério Público para que sejam adotadas as providências necessárias para resguardar a sua segurança”, informou ele.

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