A advogada Jorgina de Freitas, considerada a maior fraudadora da história do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), foi condenada a devolver aos cofres públicos 200 milhões de reais. A decisão é da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que também condenou o contador Carlos Alberto Mello e manteve o bloqueio de todos os bens dos envolvidos na fraude para leilão.
Nos anos 90, advogada fazia parte de uma quadrilha formada por juiz e funcionários do INSS que, ao longo de anos, drenou o equivalente a 500 milhões de reais em indenizações fraudulentas. Até o momento, apenas 69 milhões de reais desviados foram devolvidos.
Jorgina foi condenada a 14 anos de prisão em 1992, mas fugiu para a Costa Rica, onde ficou até 1997. No exterior, ela fez operação plástica e adotou vários codinomes. Foi “Gutierrez”, “senhora De Freitas”, “Esmeralda” e “dom Jorge”. Contratou mercenários nicaraguenses como seguranças, aliou-se a mafiosos latino-americanos e montou uma rede de empresas de fachada em paraísos fiscais que facilitaram o trânsito do dinheiro.
Ele foi recapturada pela Justiça brasileira em 2008 e está presa desde então. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou recurso de Jorgina para apelar em liberdade da sentença que a condenou pelas fraudes.