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A mensagem de Jorge Mario Bergoglio em Aparecida: a Igreja deve ir em busca dos fieis

Em 2007, argentino esteve no Brasil para a 5ª Conferência Episcopal Latino-americana, com presença de Bento XVI. Brasil espera aumento de público na Jornada Mundial da Juventude, em julho, e tentará ampliar a agenda do pontífice

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 mar 2013, 19h14

O contato mais próximo que os brasileiros tiveram com Jorge Mario Bergoglio data de 2007, ano em que, com presença de Bento XVI, realizou-se em Aparecida do Norte, no interior paulista, a 5ª Conferência Episcopal Latino-americana e Caribenha. O documento final do encontro, no qual representantes da Igreja enxergam a marca do novo papa, há forte mensagem evangelizadora, com um chamado aos fieis e à própria Igreja Católica. Bergoglio foi um dos redatores do documento ou, como disse o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, “a alma” daquele papel. O texto propõe uma mudança no pensamento pastoral: não mais esperar que o povo vá à Igreja, mas levar a Igreja até o povo.

Nesta quarta-feira, logo depois do anúncio de que os católicos tinham um novo papa, a Arquidiocese do Rio chamou a imprensa para uma entrevista com a cúpula da Igreja fluminense. A América Latina foi um dos motes de dom Orani, para quem havia indicativos de que o novo papa sairia do continente. “Ouvia-se muito em Roma que era o momento de se voltar para a América Latina, onde está grande parte dos católicos do mundo”, afirmou. O papa Francisco é o primeiro latino-americano a conduzir a Igreja. A Argentina foi também o primeiro país latino-americano a abrigar uma Jornada Mundial da Juventude, em 1987. A próxima jornada acontece este ano, em julho, no Rio de Janeiro.

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Ao lado do arcebispo do Rio, esta tarde, estava dom Antônio, bispo-auxiliar do Rio e integrante do Conselho Episcopal Latino-americano, que tem contato direto com Raul Martí, um dos seis bispos-auxiliares de Bergoglio em Buenos Aires. Martí e Antônio trabalham juntos no conselho desde 2011, o que permitiu trocas de informações sobre a igreja nos dois países. “Martí sempre me disse que Bergoglio é uma pessoa de extrema simplicidade, dedicada ao pobre, que caminha entre o povo”, disse dom Antônio, acrescento que o novo papa é um homem prático e criativo no que se refere aos caminhos possíveis para a evangelização.

Para a Igreja fluminense, o nome escolhido por Bergoglio denota duas de suas preocupações: simplicidade e evangelização. “É o nome de São Francisco de Assis, que fez a Igreja renascer com a sua simplicidade”, afirmou Dom Orani. É também o nome de São Francisco Xavier – jesuíta como Bergoglio -, cuja principal marca foi a prática missionária.

Jornada Mundial da Juventude – Sobre a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no Rio em julho deste ano, dom Orani reafirmou a tendência de maior presença de fieis da América Latina, principalmente após a escolha de um papa argentino. Dom Orani disse que as estruturas preparadas até então para o evento serão mantidas – e que, portanto, não haverá reajustes.

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Como o novo papa é bem mais jovem que Bento XVI, a expectativa é de um aumento também nos eventos com presença do sumo pontífice. A proposta de uma ampliação dessa agenda será levada a Roma pelos organizadores brasileiros da jornada.

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