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Forças Armadas temem que a polícia do Rio possa ser má influência para os militares que atuam no estado

Comando acredita que policiais corruptos possam contaminar tropas, diz jornal

Por Da Redação
3 dez 2010, 07h10

Um acordo costurado entre o Planalto e o governo do Rio de Janeiro estabeleceu que as Forças Armadas ficarão no estado até outubro de 2011. E o presidente Lula já disse que as tropas ajudarão o governo fluminense “pelo tempo que for preciso”. O comando militar, porém, teme que a permanência dos soldados no Rio possa resultar em uma “contaminação” dos militares pelos policiais corruptos.

De acordo com a edição desta sexta-feira do jornal O Globo, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, entregará ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, uma diretriz elaborada pelos chefes dos estados-maiores da Marinha e do Exército e também pelos comandantes militares. O documento estabelece normas para a atuação das tropas e fixa o tempo de atuação das forças no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro.

O comando das Forças Armadas se preocupa também com a indefinição do papel de seus homens no combate ao banditismo no Rio. Nas reuniões entre o general Nardi e os demais chefes dos estados-maiores, um dos oficiais lembrou que, entre os 800 militares que atuam nos morros ocupados, há muitos que moram em outras favelas fluminenses – o que pode resultar numa retaliação de traficantes que dominam essas regiões.

Ainda segundo o jornal, os oficiais também se irritaram com as declarações do governador do Rio, Sérgio Cabral, a respeito da permanência das tropas. Os comandantes acreditam que o anúncio representou uma quebra de hierarquia, já que as Forças Armadas não estão subordinadas a governos estaduais.

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O anúncio do pedido foi feito após um encontro de Cabral com a presidente eleita Dilma Rousseff, na segunda-feira. A força de paz, como foi chamada pelo governador, vai atuar na transição até que seja possível instalar Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas áreas que eram controladas pelo crime e foram retomadas no fim de semana.

O controle dos acessos às favelas antes dominadas pelo tráfico continua a cargo da autoridade policial. Já o trabalho de rotina será feito pelas forças designadas pelo Ministério da Defesa – que também incomoda as Forças Armadas, que tiveram alterada sua missão: de um trabalho de vigilância ao redor dos morros para o de policiamento dentro do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro.

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