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Filho de Erenice Guerra teve cargo comissionado na Anac

Por Da Redação
13 set 2010, 08h31

Antes de intermediar contratos milionários entre empresários e órgãos do governo mediante pagamento de propina, Israel Guerra, filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, ocupou um cargo comissionado da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A informação foi divulgada na edição desta segunda-feira do jornal O Globo. E não é só o filho de Erenice que tem relações com a Anac: o irmão da ministra, Antônio Alves Carvalho, manteve contrato especial com a Infraero em Brasília e Salvador, entre 2003 e 2007.

Conforme revelou reportagem de VEJA desta semana, o filho de Erenice intermediou, por meio de sua empresa, a Capital Assessoria e Consultoria, contratos entre a empresa de carga aérea Master Top Airlines e os Correios. Fábio Baracat, empresário do setor de transportes que, no segundo semestre do ano passado, buscava ampliar a participação de suas empresas nos serviços dos Correios, relatou a VEJA que foi informado da necessidade de conversar com Israel Guerra e seus sócios para conseguir o que buscava. Baracat é ex-representante da Master Top.

Os parceiros de Israel no esquema também são ligados à Anac. Vinicius Castro, funcionário da Casa Civil, também ocupou um cargo comissionado na agência, na mesma época do filho de Erenice. Ele e Israel foram nomeados na gestão do então presidente do órgão Milton Zuanazzi – indicado pela Casa Civil. O esquema ainda é integrado por Stevan Knezevic, servidor da Anac hoje lotado na Presidência.

A ligação do trio com a Anac fica clara em um episódio narrado por Fábio Baracat, empresário do setor de transportes e ex-representante da MTA, a VEJA. Em dezembro de 2009, a licença de voo da empresa havia expirado e a MTA chegou a ficar quatro dias sem operar por ter dificuldades na renovação desse documento junto à Anac. Aos diretores da MTA e a Baracat, Israel Guerra informou que as dificuldades se traduziam em cobrança de propina.

Diante do impasse, no dia 17 de dezembro Baracat fez uma transferência eletrônica bancária (TED) de 120 000 reais, de sua conta pessoal para a conta da Capital Consultoria no Banco do Brasil. Além da “taxa de sucesso” do filho da ministra, o pagamento também comtemplou, segundo os sócios da Capital, distribuição de propina na Anac. Após uma troca de e-mails entre os sócios da Capital e diretores da agência, a renovação saiu ainda no dia 17. A notícia foi informada por Stevan Knezevic ao cliente por e-mail. Assinava apenas “Capital””.

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