Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Famílias de vítimas da boate Kiss passam a noite em vigília

População de Santa Maria foi acordada com grito de "acorda, Santa Maria", para pedir justiça. Incêndio completou um ano às 3h desta segunda-feira

Por Da Redação
27 jan 2014, 17h01

Centenas de familiares, amigos, sobreviventes e pessoas solidárias participaram de uma vigília com uma série de homenagens às vítimas do incêndio da boate Kiss na madrugada desta segunda-feira, em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul. O horário foi escolhido para coincidir com o exato primeiro ano da tragédia que matou 242 pessoas. Por volta das 3h de 27 de janeiro de 2013, o fogo provocado pela fagulha de um artefato pirotécnico usado pela banda que tocava no local espalhou-se pelo telhado da casa noturna. A fumaça produzida pela queima de materiais inflamáveis do revestimento acústico – inadequados para ambientes fechados – produziu, entre outras substâncias, o gás cianeto, idêntico ao que era empregado nas câmaras de gás nazistas. O gás, e não as chamas, produziu a maioria das mortes por asfixia.

Leia também:

Boate Kiss: 242 mortos, um ano, nenhum condenado

Sobreviventes da boate Kiss vivem entre o trauma e a luta por justiça

População de Santa Maria luta para não deixar tragédia cair no esquecimento

Para lembrar cada um dos mortos na tragédia foram pintados 242 corpos no asfalto diante dos escombros da boate. Depois, 242 velas espalhadas sobre um coração também desenhado no chão foram acesas por representantes das famílias presentes e deixadas no local até derreterem e apagarem, em uma representação das vidas que se extinguiram. Houve orações e algumas rápidas palavras de alguns participantes, todas pedindo a punição de quem teve alguma responsabilidade pela tragédia, por ação ou omissão. Por volta das 3h, logo depois do toque de uma sirene, um locutor gritou “acorda, Santa Maria”, com equipamento de som ligado a todo volume, em um brado que pedia a solidariedade da cidade para que se faça justiça.

Continua após a publicidade

Na maior parte da vigília, pais, irmãos e amigos lembraram das vítimas abraçados, em silêncio, exibindo camisas e cartazes com os nomes dos mortos na tragédia. Estão previstos cultos religiosos e pelo menos uma manifestação pública para lembrar da tragédia na tarde desta segunda-feira.

A presidente Dilma Rousseff usou seu perfil no Twitter para falar sobre um ano da tragédia. “Passado um ano da tragédia em Santa Maria, a tristeza ainda está viva em nossos corações”, escreveu, acrescentando que lembra “de cada mãe, de cada pai que abraçou”. “Fui como presidenta oferecer conforto. Como mãe e avó, me uni na dor às famílias das vítimas”, disse a presidente.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.