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Expectativa pela saída de Graça impulsiona ações da Petrobras

Chefe da estatal já teria sido avisada de sua demissão, mas Planalto nega. Pressão contra Graça cresce – e até Dilma já estaria decidida a tirá-la do cargo

Por Gabriel Castro, de Brasília, e Naiara Bertão
3 fev 2015, 11h13

Atualizada às 15h20

Os rumores de que a presidente da Petrobras, Graça Foster, deixaria o cargo nesta terça-feira fizeram com que as ações preferenciais da estatal na Bolsa de Valores de São Paulo subissem 13,16% às 15h20. Já as ordinárias operavam em alta de 12,14%. A Presidência da República, contudo, negou oficialmente a notícia da demissão de Graça. O desmentido surge após o jornal Folha de S. Paulo informar que a chefe da estatal já foi informada sobre sua saída, e partiu da Secretaria de Comunicação do Planalto.

A pressão pela queda de Graça Foster cresceu após a divulgação do balanço de 2014 da companhia. A estimativa feita pela própria Petrobras é de que 88 bilhões de reais tenham sido desperdiçados em propina e superfaturamento. A queda da comandante da estatal é defendida também por petistas – sobretudo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem criticado Graça abertamente.

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A situação ficou mais complicada porque a divulgação da estimativa de perda de 88 bilhões de reais deixou Dilma extremamente irritada. “Graça está querendo sair há algum tempo, está cansada e desgastada emocionalmente com toda a pressão que vem sofrendo desde o ano passado. Ela só estava aguentando a bronca porque Dilma a queria lá. O perfil dela é técnico, não político. Ela nunca foi preparada para enfrentar uma crise como essa”, afirmou um político da alta cúpula petista a quem Graça fez confidências. “Lula já não pode ouvir falar de Graça”, completa a fonte, que avalia o balanço divulgado como um “desastre de comunicação”. Ao tomar conhecimento dos números, Dilma teria externado sua insatisfação em um duro telefonema para Graça – e a partir de então, passou a reavaliar a manutenção da amiga no cargo.

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A presidente Dilma Rousseff, que é ligada ao setor energético e já presidiu o conselho de administração da Petrobras, sempre relutou em demitir Graça Foster. “Ela tem méritos inequívocos”, afirmou Dilma em agosto, ainda em período eleitoral. Já reeleita, no fim de dezembro, a presidente da República manteve sua posição: elogiou a “seriedade e lisura” de Graça Foster para, em seguida, questionar os que pediam a demissão da chefe da Petrobras: “Quais interesses estão por trás disso? A quem interessa tirar a Graça?”.

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