Executivo diz que empreiteira fazia doações a PT, PMDB e ‘mais alguns’
Engenheiro que trabalhou na Queiroz Galvão afirmou à PF que conheceu o tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o mensaleiro José Janene, diz jornal
Por Da Redação
18 nov 2014, 10h39
O engenheiro Ildefonso Colares Filho, que trabalhou por 40 anos na construtora Queiroz Galvão, afirmou em depoimento à Polícia Federal que a empreiteira fazia doações ao PT, PMDB, PP e “mais alguns” durante campanhas eleitorais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Colares Filho está preso desde sexta-feira, quando a PF deflagrou a sétima fase da Operação Lava Jato.
Questionado sobre os critérios que balizavam as doações, o engenheiro afirmou que a verba era distribuída aos partidos que “mais se caracterizavam com as características da empresa, ligados ao crescimento da infraestrutura”. Disse ainda que conheceu o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no período em que trabalhou na empresa – deixou a Queiroz Galvão em dezembro de 2012. E citou também o ex-deputado José Janene, morto em setembro de 2010.
Colares Filho afirmou durante interrogatório que não sabia da existência do cartel de empreiteiras para fraudar licitações da Petrobras. E que nenhum diretor da estatal cobrou propina da empresa em que trabalhava.
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Interrogados nesta segunda-feira, José Adelmário Pinheiro Filho, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, José Ricardo Nogueira Breghirolli, Alexandre Portela Barbosa e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretores da OAS, preferiram ficar em silêncio. Os executivos serão ouvidos até terça-feira, quando vencem os prazos de prisão de dezessete presos.
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