Ex-deputado condenado no mensalão viaja para o Caribe

Romeu Queiroz foi comemorar 40 anos de casamento com a mulher; ele embarcou na mesma semana que a Procuradoria pediu a retenção dos passaportes dos réus

Por Da Redação
31 out 2012, 10h18

Então deputado federal, Romeu Queiroz (PTB-MG), na sessão do plenário da Câmara dos Deputados, durante votação de sua cassação, em que foi absolvido, em Brasília, em 14/12/2005. Ele foi acusado de quebrar o decoro parlamentar por ter admitido que recebeu R$ 453 mil do suposto esquema do "mensalão" montado pelo publicitário Marcos Valério — Então deputado federal, Romeu Queiroz (PTB-MG), na sessão do plenário da Câmara dos Deputados, durante votação de sua cassação, em que foi absolvido, em Brasília, em 14/12/2005. Ele foi acusado de quebrar o decoro parlamentar por ter admitido que recebeu R$ 453 mil do suposto esquema do (Alan Marques/Folhapress/VEJA)

Condenado por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão, o ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG) está de férias em uma praia do Caribe. Queiroz, que vive em Belo Horizonte, embarcou na semana passada, mesmo período em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedia a retenção dos passaportes dos réus.

Queiroz viajou com a mulher para celebrar quarenta anos de aniversario de casamento, informou a sogra do ex-deputado, Ilda Naves. Queiroz foi condenado por corrupção passiva em 26 de setembro. O ex-deputado federal pelo PTB recebeu 350 000 reais do chamado “valerioduto”.

“Muito abalado” – Segundo Ilda, Queiroz ficou “muito abalado” após acompanhar pela TV as primeiras sentenças dos juízes do STF – o cálculo das penas do também mineiro Marcos Valério já soma mais de 40 anos. Pode ainda haver ajustes nas penas.

“Ele (Queiroz) ficou muito triste, então resolveu sair um pouco, ficar longe de tudo isso”, disse a sogra do ex-deputado. E saiu em defesa do genro: “Ele nem pegou naquele dinheiro”. Segundo Ilda, a viagem foi um presente dos filhos.

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O advogado de Queiroz, Ronaldo Garcia Dias, disse que não sabia da viagem do cliente, mas garantiu que ele estará de volta antes da retomada do cálculo da dosimetria pelo Supremo, o que ocorrerá na semana que vem. “Deve ter sido uma dessas viagens de um fim de semana, dez dias, não vai passar disso. Quando o STF voltar, na semana que vem, eu garanto a você que ele estará aqui.”

(Com Estadão Conteúdo)