Escolas são novo alvo dos ataques em série em SC
Estado registrou mais quatro ataques entre a noite de segunda-feira e a manhã desta terça; ao todo, a PM já contabiliza 111 ocorrências
A onda de ataques em Santa Catarina não cessa e atingiu, na noite desta segunda-feira, os prédios de duas escolas, de acordo com boletim divulgado pela Polícia Militar do Estado nesta terça. Ao longo desta madrugada, foram quatro novos ataques ao todo. Desde 26 de setembro, quando teve início a mais recente série de ataques, já foram contabilizadas 111 ocorrências. O número inclui 41 ônibus incendiados, 23 ataques a residências de agentes de segurança, 44 suspeitos presos, quinze ataques a veículos particulares e três mortes.
Segundo a PM catarinense, o primeiro ataque ocorreu por volta das 21 horas no Colégio Vilna Correia Pretti, no bairro São Domingos, em Navegantes. Segundo uma testemunha, quatro homens estavam vestidos com uniformes semelhantes aos dos funcionários do colégio e um deles carregava um galão. O incêndio começou em duas salas de aula, mas o Corpo de Bombeiros chegou a tempo e conseguiu controlar o fogo.
Já o segundo ataque ocorreu na madrugada desta terça-feira, por volta das 00h30, em uma escola que fica a cerca de 650 metros da primeira que foi incendiada. Criminosos atearam fogo em um depósito e duas salas de aula da Escola Estadual Paulina Gaya.
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Além das escolas, criminosos também incendiaram dois ônibus – um em Joinville e outro em Blumenau – na manhã desta terça-feira. Segundo a PM, populares conseguiram controlar o fogo que consumia o ônibus em Joinville. Em Blumenau, dois homens encapuzados – um deles portando um revólver calibre .38 – renderam o motorista do coletivo, atearam fogo e fugiram em seguida.
Houve também a apreensão de um cigarro de maconha que um jovem abordado por PMs portava na noite desta segunda, em Balneário Camboriú. Além da droga, PMs identificaram mensagens suspeitas no celular do adolescente, que faziam menção à facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC), nas quais o rapaz trata sobre terem sido surpreendidos a tiros no momento em que iam incendiar um ônibus. Segundo a Agência de Inteligência do 12º Batalhão da PM, o jovem já participou de ataques a veículos em outras ocasiões.