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Em Minas, PT pode impor a mais dura derrota do PSDB

Sem usar a imagem de Dilma, ex-ministro Fernando Pimentel (PT) é favorito para tomar o segundo maior colégio eleitoral do PSDB

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 out 2014, 07h41

Ao longo dos três meses de campanha, o ex-ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel, do PT, passou a maior parte do tempo tentando desvincular sua imagem da presidente-candidata Dilma Rousseff (PT). Não comprou brigas em defesa do PT e, nas palavras de aliados, evitou qualquer “bola dividida” para não prejudicar seu favoritismo na disputa pelo governo de Minas Gerais. Neste domingo, deve derrotar Pimenta da Veiga (PSDB) e garantir ao PT sua maior conquista estadual de 2014. O baixo desempenho dos demais concorrentes – Tarcísio Delgado (PSB) com 3% e Fidélis (PSOL), Professor Túlio Lopes (PCB) e Cleide Donária (PCO) com 1% praticamente aniquilam as chances de segundo turno no segundo maior colégio eleitoral do país.

Desde o início da campanha, a equipe de Pimentel trabalhou para resgatar a boa avaliação que teve como prefeito de Belo Horizonte e afastá-lo do PT e de temas do cenário nacional, como a revelação de um mega esquema de corrupção na Petrobras e o pífio crescimento econômico do país. Até entre correligionários, Pimentel é citado como “o mais tucano dos petistas”.

Na corrida pelo Palácio Tiradentes, mais de uma vez Fernando Pimentel foi cobrado diretamente do PT por não se apresentar como um quadro do partido. Ignorou a bronca e não teve dificuldades para se manter sempre confortavelmente à frente do principal adversário, o ex-ministro Pimenta da Veiga. Valeu-se, segundo aliados, de pesquisas que apontavam que o eleitor confundia o nome dos dois principais candidatos e da avaliação do eleitorado que o vinculava ao nome de Aécio Neves, candidato à Presidência do PSDB. Beneficiou-se também do recall de sua gestão à frente da prefeitura e da inabilidade do concorrente, que cometeu gafes como se referir a negros e índios como “coisas desse tipo” e errar geograficamente a localização de municípios mineiros.

O favoritismo de Pimentel ao governo mineiro chegou a exigir do PSDB a montagem de uma verdadeira operação de guerra para tentar tirar Pimenta da Veiga das cordas. Homem de confiança de Aécio, o deputado Danilo de Castro foi nomeado às pressas coordenador político da campanha do tucano e recebeu aval para debelar a insatisfação de prefeitos queixosos. Irmã do presidenciável, Andrea Neves também se mobilizou para ajudar a redesenhar as estratégias de Pimenta. O tom da campanha foi elevado ao máximo, chegando ao que o deputado mineiro Marcus Pestana (PSDB) classificou de “porradaria”. Trocas de acusações mútuas nos programas eleitorais na TV viraram rotina – e pedidos de direito de resposta à Justiça Eleitoral foram cotidianos.

Na véspera da eleição, a arrancada de Aécio Neves na corrida presidencial, ultrapassando Marina Silva (PSB) no segundo lugar, deu algum alento aos mineiros. Segundo as pesquisas, a subida de Aécio alavancou o desempenho de Pimenta da Veiga em Minas, que tirou cinco pontos da enorme vantagem de Fernando Pimentel, mas a disputa parece liquidada – a dianteira do petista é de 13 pontos porcentuais, segundo o Datafolha. Para o PSDB mineiro, a ordem agora é concentrar as forças em busca de votos para Aécio no segundo turno.

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