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Em debate tenso, Serra e Haddad se atacam na TV

A dez dias do segundo turno das eleições, candidatos a prefeito de São Paulo investem em temas espinhosos no primeiro confronto direto na televisão

Por Carolina Freitas
19 out 2012, 00h41

No primeiro confronto direto na televisão no segundo turno das eleições à prefeitura de São Paulo, os candidatos José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) travaram um debate tenso na noite desta quinta-feira na TV Bandeirantes, recheado de temas espinhosos e com troca de farpas. Outros dois debates estão previstos para a próxima semana.

O tucano José Serra mencionou o nome do ex-ministro José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ser o mentor do escândalo do mensalão, cinco vezes. “Se tem um partido que faz baixaria é o PT. Isso é estilo Zé Dirceu, que cada vez mais está sendo usado em São Paulo”, afirmou.

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Haddad se irritou: “Você tem uma obsessão com Zé Dirceu pela amizade que teve com ele durante décadas. Pare de citar pessoas que não estão nessa eleição!”. Mas Serra reagiu imediatamente: “Vamos ser sinceros, se alguém esconde o Zé Dirceu não sou eu. É seu guru político!”

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O STF já condenou Dirceu pelo crime de corrupção ativa e terminará, na próxima semana, o julgamento dele pelo crime de formação de quadrilha. Segundo a Procuradoria-Geral da República, cuja denúncia foi referendada pelo relator do processo na corte, ministro Joaquim Barbosa, o ex-chefe da Casa Civil do governo Lula era o chefe da quadrilha do mensalão.

Na primeira pergunta, Serra tocou na questão de governar para “pobres ou ricos”, temática em foco nos programas eleitorais do petista na TV. Citou os medicamentos genéricos, o hospital de Cidade Tiradentes (zona leste) e a criação das escolas e faculdades técnicas, feitos da sua gestão. Haddad respondeu mencionando o ex-senador Demóstenes Torres, que teve o mandato cassado, cujo partido integra a aliança de Serra – embora o PSDB não tenha indicado, sequer, o vice do DEM.

Haddad investiu na ligação entre Serra e seu sucessor na administração municipal, o atual prefeito Gilberto Kassab (PSD). Acusou, por exemplo, a prefeitura de não liberar e emperrar obras para a construção de creches. “Queria te explicar porque eu falo do Kassab. Quer que eu fale de quem? A população quer mudança de rumo da cidade”, disse Haddad.

O tucano rebateu: “O PT tem obsessão com o Kassab. Aliás, o PT tentou trazer o Kassab”, disse, citando a articulação do PT para tentar atrair o PSD para sua aliança antes da corrida eleitoral começar. Serra afirmou também que o governo federal de não liberou, por exemplo, terrenos e áreas para a construção de escolas técnicas e faculdades. Citou a construção de uma universidade federal em Osasco, na grande São Paulo, cuja inauguração foi propagandeada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas nunca saiu do papel.

O petista devolveu afirmando que Jorge Lapas, do PT, foi eleito em Osasco porque a Justiça Eleitoral cassou a candidatura de Celso Giglio, do PSDB. “Foi cassado pela Lei da Ficha Limpa”, disse.

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Na parte final do debate, Haddad atacou usando a taxa da inspeção veicular na capital. Serra respondeu citando a administração de Marta Suplicy (PT) na cidade. “Você é um sujeito corajoso, você foi um ideólogo da “Martaxa””, disse, trazendo a ex-prefeita ao debate. O tucano ainda lembrou que criou a restituição da Nota Fiscal Paulista.

Ex-prefeita paulistana, Marta ganhou um ministério – da Cultura – para se engajar na campanha de Haddad depois de ter sido preterida pelo PT para a disputa. A candidatura de Haddad foi uma imposição do ex-presidente Lula.

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