Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em Congonhas, passageiros se irritam com atrasos

Problemas ocorrem desde a noite de sábado; Anac suspendeu venda de passagens

Por Adriana Caitano
29 nov 2010, 16h24

A movimentação nos guichês da TAM no Aeroporto de Congonhas, o segundo mais movimentado do país, em São Paulo, está acima do normal nesta segunda-feira. Desde o início da manhã, atrasos e cancelamentos de voos têm deixado passageiros irritados. Muitos se queixam da falta de informações. Os problemas ocorrem desde a noite de sábado, 27 de novembro.

No início desta tarde, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou a suspensão da venda de passagens com decolagem prevista até esta sexta-feira em todo o país. A medida foi uma punição aplicada à TAM pela Anac, que considerou os atrasos e cancelamentos acima da média para o período.

Ainda na tarde desta segunda, a TAM divulgou uma nota de esclarecimento pedindo desculpas pelo transtorno e afirmando que suspendeu a venda de passagens conforme determinação da Anac. “A companhia está colaborando com a auditoria interna conduzida pela agência e vem empenhando seus melhores esforços para que a operação volte ao normal ao longo desta segunda-feira, diminuindo os contratempos causados aos clientes”, diz o texto.

A TAM afirmou ainda que os atrasos e cancelamentos foram “decorrência de remanejamentos na malha aérea da companhia”. “O motivo foram as fortes chuvas que atingiram a região sudeste entre a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta-feira, interrompendo as operações nos aeroportos de Congonhas, Guarulhos e Viracopos (Campinas), Santos Dumont e Galeão (Rio de Janeiro). Assim, parte significativa da tripulação da TAM foi deslocada para outros aeroportos, o que teve impacto na escala de trabalho para o último fim de semana e hoje”.

Os clientes precisam aguardar a solução em um local improvisado no corredor. Alguns acabam perdendo a paciência com os atendentes. Enquanto isso, o cantor pernambucano Otto pareceu mais tranquilo. Ele terá que esperar pouco mais de duas horas para seguir para seu destino. “É sempre chato esse tipo de problema. Tem que ter aquela velha paciência. Ainda bem que sou músico, estou acostumado com a vida de aeroporto”, afirmou.

Continua após a publicidade

Às 15h do domingo, a assistente social Thirza Gomes Coelho passava pelo aeroporto somente para uma rápida conexão. Vinha de Camboriú (SC) com o marido e iria para Campo Grande (MS) em um voo das 17h. Quando faltavam 15 minutos para o embarque, foi informada de que o voo havia sido cancelado. Ela diz que somente às 21h50 eles foram acomodados em um hotel para aguardar outro voo às 15h desta segunda. Ao chegarem novamente ao aeroporto, às 13h, a notícia: o avião não iria decolar.

A única alternativa seria esperar até 23h30. “Eles me disseram que não havia voos em outras empresas, mas eu vi que não era verdade. Me sinto desrespeitada em meu direito básico de ir e vir”, reclama. A TAM informou, em nota, que os passageiros podem ser acomodados em outras empresas. A assessoria de imprensa ressaltou que isso poderá ocorrer somente se não houver outra alternativa na própria companhia, ainda que ela não agrade ao cliente.

Insistência – O grupo de 20 consultores ambientais do Rio de Janeiro que seguia a trabalho para Itajaí (SC) bem que tentou recorrer a essa opção. Em vão. Às 10h, entrou na fila do check-in. Depois de quase duas horas, receberem a notícia de que o voo de 12h20 havia sido cancelado. “A única opção que nos deram era ir para Curitiba às 15h e de lá seguir de ônibus em uma viagem de quatro horas”, contou a geógrafa Luana Padilha.

Parte do grupo aceitou a proposta. Mas a química Lúcia Silva não concordou. Foi até o Juizado Especial Cível, no próprio aeroporto, tentar outra solução. Após uma hora de negociação, conseguiu ser encaixada com outros cinco colegas em um voo para Florianópolis, às 14h30, de onde seguirão até Itajaí de ônibus. “O curioso é que num primeiro momento não havia essa possibilidade e, depois de muita insistência, ela surgiu”, comentou Lúcia.

Continua após a publicidade

Justiça – Até a manhã desta segunda-feira, a filial do juizado no Aeroporto de Congonhas recebeu quase 20 reclamações de passageiros lesados pelos atrasos e cancelamentos da TAM. De acordo com os atendentes, os registros de reclamações aumentaram 70% desde domingo.

Os passageiros preenchem um formulário e esperam um representante da empresa aérea para uma audiência com o juiz. O período do registro até o fim da negociação pode durar até quatro horas. Quem não chega a um acordo, pode insistir no processo, que é encaminhado para seu estado de origem.

Os passageiros que não recorrem ao juizado entram em uma fila de espera para serem remanejados para outro voo. Como a Anac suspendeu a venda de bilhetes até o fim da semana e já havia passagens vendidas, os voos que não são cancelados estão cheios e dificilmente quem não conseguiu embarcar consegue outra vaga.

A assessoria de imprensa da TAM garante que até o fim do dia a situação estará resolvida. Os passageiros que, antes de sair de casa, quiserem checar se o voo foi cancelado, podem ligar para 0800 123 200 ou acessar https://www.taminforma.com.br, página em que é possível verificar o status de todos os voos do dia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.