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Doleira presa há dois anos pela Lava Jato fecha delação e deixa a cadeia

Nelma Kodama foi presa na primeira fase da operação, deflagrada em 2014, quando tentava fugir do país com 200.000 reais escondidos na calcinha. Ela foi condenada por Sergio Moro a 18 anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro

Por Da Redação
20 jun 2016, 20h06

Depois de dois anos presa pela Operação Lava Jato, a doleira Nelma Kodama deixou a cadeia e voltou nesta segunda-feira para sua casa, em São Paulo. Autoproclamada “Dama do Mercado”, ela fechou acordo de delação premiada com a força-tarefa do Ministério Público Federal e deixou a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, com uma tornozeleira eletrônica.

Figura emblemática do escândalo Petrobras e alvo da primeira fase da Lava Jato, Nelma foi presa em 15 de março de 2014 tentando embarcar para a Itália com 200.000 euros escondidos na calcinha. Ela foi condenada no mesmo ano a 18 anos de prisão pelo juiz federal Sergio Moro pela lavagem de 221 milhões de reais em dois anos e pelo envio ao exterior de outros 5,2 milhões de reais por meio de 91 operações de câmbio irregulares.

Em depoimento prestado à Lava Jato em setembro de 2014, a “Dama do Mercado” disse que queria contar toda a verdade porque era uma mulher com os dias contados para morrer. Ela se diz doente e afirma ter passado por 20 cirurgias nos últimos anos. Em maio de 2015, anunciou publicamente que faria delação.

“Eu sou doleira, comprava e vendia moedas no mercado negro. E isso vai constar no termo de colaboração que estou firmando”, afirmou, em abril do ano passado, quando deputados da CPI da Petrobras visitaram a capital paranaense para ouvir presos da Lava Jato.

As revelações de Nelma Kodama podem abrir os focos de investigação da Lava Jato. Ela confessou que fazia operações de câmbio para comerciantes da 25 de Março, principal centro do comércio informal de São Paulo.

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Ex-namorada do doleiro Alberto Youssef, o principal operador do petrolão, e de outros doleiros investigados pela Polícia Federal, Nelma cantou trecho de uma música de Roberto Carlos para explicar aos deputados da CPI, em maio do ano passado, como era sua relação afetiva. “Sob meu ponto de vista, eu vivi maritalmente com Alberto Youssef do ano de 2000 a 2009. Amante é uma palavra que engloba tudo, né? Amante é esposa, amante é amiga”, disse. “Tem até uma música do Roberto Carlos: a amada amante, a amada amante. Não é verdade? Quer coisa mais bonita que ser amante? Você ter uma amante que você pode contar com ela, ser amiga dela”, ironizou, antes de cantarolar �Amada Amante�, sucesso do Rei da Jovem Guarda em 1971.

Em seus e-mails e mensagens interceptados pela PF, Nelma gostava de usar pseudônimos como Greta Garbo, Cameron Diaz e Angelina Jolie.

(com Estadão Conteúdo)

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