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Dilma sobre Alckmin: “Divergências acabam após eleições”

Em cerimônia que reuniu integrantes do PT e do PSDB no Palácio dos Bandeirantes, presidente promete construir 100 mil moradias populares

Por Cida Alves
12 jan 2012, 13h53

Com um discurso apaziguador, a presidente Dilma Rousseff anunciou, ao lado do governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, uma parceria para a construção de 100.000 casas populares em 106 municípios paulistas até 2015. Os imóveis serão destinados a pessoas com renda familiar mensal de até 1.600 reais. Terão prioridade moradores de áreas de risco, como em favelas ou em regiões de mananciais, além daqueles que vivem em áreas rurais.

Em sua fala durante o evento, Dilma disse que há uma “parceria estratégica” entre os governos estadual e federal e afirmou que as políticas de governo devem estar acima das “diferenças partidárias, de crença política, religiosa e das opções futebolísticas”. “Temos nossas divergências em período eleitoral, mas elas acabam quando terminam as eleições”.

A promessa inicial era erguer 97.000 imóveis por meio do programa Minha Casa, Minha Vida e da Agência Casa Paulista. Porém, durante a cerimônia que reuniu representantes dos dois partidos historicamente rivais, a presidente anunciou que seriam 100.000 imóveis e disse que o governo federal arcará com a construção das outras 3.000 casas.

A presidente anunciou também que o governo está analisando a possibilidade de ampliar em mais 400.000 unidades a meta de construção de moradias populares na segunda fase do programa Minha Casa Minha Vida, atualmente em 2 milhões de unidades. A decisão, informou Dilma, sairá até junho deste ano

Teto – Segundo o governo, serão beneficiadas, prioritariamente, quatro regiões metropolitanas de São Paulo: capital, Baixada Santista, Campinas, Vale do Paraíba e Litoral Norte. Segundo o governo estadual, nestas cidades se concentra 70% do déficit habitacional do estado. No total, serão investidos 8 bilhões de reais, sendo 6,1 bilhões do governo federal e 1,9 bilhão do governo estadual.

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O estado de São Paulo vai complementar com 20.000 reais o teto para financiamento de moradias construídas em São Paulo, que hoje é de 65.000 reais, custo máximo da unidade no programa federal. As famílias selecionadas pagarão o imóvel em 120 prestações, com valor limitado em 10% da renda. O valor mínimo da prestação será de 50 reais.

“Além do benefício para as famílias, essa parceria vai gerar mais de 300.000 empregos diretos e indiretos na construção civil”, disse o governador Geraldo Alckmin. O governador enumerou parcerias entre o seu governo e o de Dilma, e disse que esse tipo de parceria são “alicerces que ficarão de pé em meio a qualquer intempérie”. “Estamos juntos”, concluiu.

Temas delicados – Na cerimônia, Dilma não citou nenhum dos temas delicados que têm pautado a semana, como a tragédia das chuvas na Região Sudeste, as denúncias de favorecimento por parte do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e a operação na Cracolândia. No final da solenidade, que também teve a presença do prefeito Gilberto Kassab, nem Dilma nem Alckmin falaram com a imprensa. Segundo a assessoria da presidente, nesta tarde ela deve despachar do escritório da Presidência na Avenida Paulista. Dilma pega o avião de volta para Brasília às 16h30.

Após a solenidade, Dilma reuniu-se com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nesta manhã veio à capital para fazer mais uma seção de radioterapia no Hospital Sírio-Libanês. O encontro foi no escritório da Presidência da República em São Paulo, na Avenida Paulista. O encontro durou três horas. Dilma e Lula deixaram o local sem falar com a imprensa. A presidente foi direto para Brasíia.

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