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Dilma seguiu consultando Santana após as eleições

Marqueteiro foi procurado pelos ministros Nelson Barbosa e Edinho Silva – este último faz clara menção a ordem da presidente para ouvi-lo

Por Da Redação 22 fev 2016, 18h14

O marqueteiro João Santana foi responsável pelos discursos mais notórios na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. Partiu dele, por exemplo, a ideia mentirosa de que a comida deixaria o prato dos brasileiros no caso de uma eventual vitória da então socialista Marina Silva. Mas a assessoria do marqueteiro não parou por ai. Santana continuava como o mentor intelectual das peças publicitárias da gestão petista neste segundo mandato – pelo menos até ter um mandado de prisão expedido na 23ª fase da Operação Lava Jato.

E-mails compilados pela força-tarefa da Lava Jato mostram, por exemplo, que o atual ministro da Fazenda Nelson Barbosa tentava, em outubro de 2015 e quando ainda chefiava a pasta do Planejamento, convencer o marqueteiro a utilizar algumas de suas ideias em uma campanha em prol da CPMF. Barbosa diz que oferece ao publicitário “algumas frases sobre a CPMF” e os “principais pontos da lei”. A recriação do imposto enfrenta forte resistência no Congresso, embora seja considerada pelo Palácio do Planalto uma dos principais alternativas para engordar o sistema de arrecadação do governo.

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Em mais uma troca de e-mails envolvendo João Santana, a PF também identificou mensagens em que o ministro da Secretaria de Comunicação Edinho Silva discute a elaboração de uma peça publicitária sobre as Olimpíadas de 2016. Datado de 19 de novembro, o texto registra a atuação de Edinho junto ao marqueteiro para apresentar propostas de peças de propaganda sobre as Olimpíadas. “A presidente pediu que eu ouvisse sua opinião sobre o que seria uma campanha para as Olimpíadas (essa ideia ou outra). Tomei a liberdade de mandar o que já temos, mas podemos começar do zero”, escreve o ministro.

Para a Polícia Federal, as trocas de e-mails envolvendo Nelson Barbosa e Edinho Silva levam à conclusão de que João Santana “possui relação de muita proximidade com a Presidente da República, sendo indicado por ela, através de ministros e de assessores, para tratar de assuntos relevantes para o governo federal, dentre elas a CPMF e as Olimpíadas de 2016”.

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