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Dilma planeja reuniões com aliados para recompor a base

Em encontro de três horas na noite de domingo, Planalto traçou estratégia para evitar o esfacelamento da base aliada e impedir novas derrotas do governo no Congresso

Por Da Redação
10 ago 2015, 00h57

Diante do agravamento da crise e das novas derrotas no Congresso, a presidente Dilma Rousseff decidiu chamar todos os presidentes e líderes dos partidos da base aliada para conversar durante esta semana. A estratégia foi definida após reunião de três horas entre Dilma, 13 ministros, o vice Michel Temer e duas lideranças do governo no Congresso, na noite deste domingo, no Palácio da Alvorada. O encontro da coordenação política costuma acontecer na segunda-feira, mas a presidente adiantou a reunião para cumprir agenda em São Luís do Maranhão, onde vai inaugurar unidades do Minha Casa, Minha Vida.

Na semana passada, o Planalto foi surpreendido com o anúncio de rompimento de dois partidos da base aliada, que juntos somam 44 deputados na Câmara. Lideranças do PTB e PDT disseram que não iriam mais seguir as orientações do governo, alegando falta de diálogo. A debandada contribuiu para uma semana de pesadelo para Dilma, que incluiu também a nova prisão do petista José Dirceu, os 71% de rejeição no Datafolha, a aprovação de um item da pauta-bomba na Câmara, a disparada do dólar e, enfim, o panelaço durante o programa do PT.

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“A presidente quer dialogar com todos os partidos da base. Nós reconhecemos as dificuldades políticas que estamos enfrentando, mas temos a confiança que essas dificuldades serão superadas com diálogo”, afirmou o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva. O esfacelamento da base aliada foi o principal assunto da reunião. O diagnóstico foi direto: é preciso recompor a base, formada por nove legendas, para garantir a governabilidade. Segundo Edinho, as conversas serão realizadas separadamente com cada partido.

A presidente também pretende fazer um novo gesto de aproximação ao Senado. Na noite desta segunda-feira, ela vai receber os principais nomes da Casa para um jantar no Alvorada. A expectativa é que Dilma consiga o apoio dos senadores, em especial do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para barrar o avanço das pautas que prejudicam o ajuste fiscal. Para o ministro da Comunicação Social, os parlamentares têm que agir com “responsabilidade” nas votações e levar em conta o “interesse do país”.

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Temer – Segundo ministros presentes no encontro, Temer pediu a palavra assim que a presidente terminou de falar. Essa foi a primeira reunião do grupo após o vice, que também é o articulador político do governo, ter dito em público que o país precisava de “alguém que tenha a capacidade de unir a todos”. A fala foi vista com desconfiança por petistas diante da possibilidade da abertura de um pedido de impeachment contra Dilma.

“O próprio vice-presidente foi enfático na sua fala, do seu compromisso com a governabilidade, com o seu compromisso com a presidente Dilma. Em momento algum vamos permitir que intrigas feitas por alguns setores, da própria base e da oposição, possam provocar ruídos ou dificultar a construção da governabilidade”, disse Edinho Silva.

Os participantes disseram que não foi discutida na reunião nenhuma mudança ministerial e que o governo não está preocupado com os protestos marcados para o próximo domingo. “A presidente foi eleita para cumprir quatro anos de mandato. Nós não podemos brincar com a democracia”, afirmou o ministro.

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(Com Estadão Conteúdo)

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