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Dilma faz discurso de candidata na ONU

Em pronunciamento na Assembleia-Geral das Nações Unidas, presidente elogiou o próprio governo - como faz quando sobe em palanques pelo Brasil

Por Gabriel Castro
24 set 2014, 11h36

A presidente Dilma Rousseff discursou nesta quarta-feira na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Mas Dilma candidata não perdeu a chance de usar a tribuna: parte do pronunciamento foi muito similar às falas da petista nos palanques eleitorais: ela elogiou o próprio governo em diversas áreas, como educação, economia e o combate à corrupção.

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Ignorando os seguidos escândalos que assolam o governo, Dilma pregou o “respeito à coisa pública e combate sem tréguas à corrupção”. “Essa é uma responsabilidade que assumimos ao fortalecer nossas instituições”, disse, antes de citar a criação do Portal da Transparência, a Lei de Acesso à Informação e as leis que punem “tanto o corrupto quanto o corruptor”.

Quando falou de economia, a presidente também usou praticamente o mesmo discurso que faz nos palanques eleitorais: disse que o Brasil resistiu à crise econômica global sem cortar empregos e mantendo no lugar os fundamentos macroeconômicos. “Não descuidamos da solidez fiscal e da estabilidade monetária, e protegemos o Brasil frente a volatilidade externa”, declarou. Ela admitiu, entretanto, que o país foi afetado pela turbulência: “Ainda que tenhamos conseguido resistir às consequências mais danosas da crise global, ela também nos atingiu de forma mais aguda nos últimos anos”, afirmou.

Dilma, que nunca menciona o casamento gay em seus discursos como presidente ou candidata, colocou na conta dos avanços brasileiros até mesmo a decisão do Supremo Tribunal Federal que instituiu a união civil entre pessoas do mesmo sexo, posteriormente convertida em casamento pelo Conselho Nacional de Justiça: “A Suprema Corte do meu país reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo, assegurando-lhe todos os direitos civis daí decorrentes”, afirmou.

O discurso de Dilma nas Nações Unidas deve ser usado no programa eleitoral da petista. Os meios de divulgação da campanha, como o site Muda Mais, transmitiram ao vivo a fala da petista em Nova York.

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Relações Exteriores – Em seu discurso, Dilma voltou a condenar o uso da força militar para conter o Estado Islâmico no Iraque e na Síria, como já havia feito nesta terça-feira. “A cada intervenção militar não caminhamos para a paz mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos”, afirmou. Dilma colocou no mesmo cesto Iraque, Síria, Líbia, Ucrânia e Palestina, ignorando o fato de que, nos dois primeiros, um dos grupos terroristas mais selvagens em atividade está avançando e espalhando o horror de forma brutal, por meio de decapitações, crucificações e execuções sumárias.

Ao tratar da diplomacia, Dilma pediu uma participação maior dos países emergentes em instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, além de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU. A presidente condenou o “uso desproporcional da força” por Israel no conflito com a Palestina.

A presidente ainda reforçou o apelo por um “marco civil” global da internet, sugerido pelo governo brasileiro em 2013. A proposta foi feita depois de virem à tona detalhes sobre a espionagem americana ao redor do mundo.

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