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Dilma, agora, se faz de vítima: ‘É impossível escutar agressões e não responder’

A poucas horas de um novo confronto com Aécio Neves, petista diz que pretende evitar nova troca de ofensas com candidato tucano: 'quando um não quer, dois não brigam'

Por Talita Fernandes
19 out 2014, 19h59

Depois do clima de ataques pessoais no último debate presidencial, realizado na quinta-feira pelo SBT, a presidente-candidata Dilma Rousseff disse neste domingo que espera que a ‘guerra’ não se repita neste domingo, quando a TV Record promove nova rodada de debate entre os candidatos ao Palácio do Planalto. “Eu tenho muitas propostas para apresentar. Até porque o candidato adversário apresenta propostas minhas dizendo que vai fazer coisas que eu estou fazendo. E ele diz que vai fazer melhor. É do meu interesse discutir propostas”, disse. Contudo, questionada sobre se ela acredita que haverá novo clima de ataques, ela respondeu: “É melhor que não haja. Quando um não quer dois não brigam. Agora, é impossível escutar agressões, preconceitos e desrespeito sem responder, principalmente no quadro eleitoral”, disse, deixando claro que a possibilidade de uma nova onde de agressões não está descartada.

Em entrevista coletiva em São Paulo, pouco antes de participar do debate, Dilma fez críticas ao seu adversário tucano, Aécio Neves, dizendo que ele a desrespeitou ao chamá-la de leviana. A presidente parece ter se esquecido, por um momento, dos ataques pesados lançados contra a então candidata Marina Silva durante o primeiro turno, em que todo o marketing petista se voltou para desconstruir a imagem da ex-senadora, chamando-a também de ‘leviana’ e ‘inconsequente’. À época, ao reclamar do tom dos ataques, Marina ouviu mais disparos de Dilma: “Quem se sente coitadinho, não pode ser presidente”, afirmou.

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A mesma Dilma implacável nos ataques feitos semanas atrás, agora se sente confortável na carapuça de vítima. Ela classificou o comportamento do candidato do PSDB como “uma ação grave para uma mulher”, lembrando o debate da TV Globo no primeiro turno, quando Aécio apontou o dedo para a candidata do PSOL, Luciana Genro, e chamou de leviana, palavra que repetiu para Dilma na última quinta. “Ele chamou nós duas de levianas. É disso que ele está querendo nos processar? Ele se processa a si mesmo, porque quem nos chamou foi ele. Tem de aprender a respeitar as mulheres. Com mulher não pode ser assim. Nós não temos esse comportamento”, disse, respondendo a fala do tucano, que disse que iria processar Dilma pelas acusações.

‘Petrolão’ – Um dia após admitir publicamente – antes tarde do que nunca – que houve desvios na Petrobras durante o governo do PT, Dilma voltou a falar sobre o assunto, dizendo que ainda não se sabe a autoria dos crimes, nem o montante desviado da estatal. “Os indícios são claros de que houve desvio, senão não teria havido delação premiada e nem esta investigação. Eu não sei e ninguém aqui sabe (quem e quanto). O que nós temos até agora é vazamento. Vaza de tudo quanto é lado o tempo todo”, disse.

Questionada sobre reportagem divulgada neste domingo pelo jornal O Estado de S. Paulo, que mostra que a ex-ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffman beneficiada em 1 milhão pelo esquema de desvios da Petrobras, a petista evitou comentar o nome de Gleisi, limitando-se a dizer que “ainda não se sabe quem e quanto”. Embora admita a existência de desvios, Dilma repetiu que “não acredita em vazamentos” e voltou a dizer que teve seu pedido negado de acesso ao depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras que fez um acordo de delação premiada com a Justiça.

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