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Detro combate máfia das vans em resposta a morte de juíza

Patrícia Acioli foi ameaçada por gangues do transporte irregular em 2009. Em operação nesta quinta-feira, 21 veículos piratas foram apreendidos

Por Da Redação
18 ago 2011, 19h54

Em resposta à morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada com 21 tiros na última quinta-feira, o Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) deu os primeiros passos para o combate a um dos principais suspeitos pela execução da magistrada: a máfia das vans. A operação, batizada de “Forças Aliadas”, apreendeu 21 veículos irregulares, como vans e kombis piratas, em São Gonçalo, Niterói, Maricá e Itaboraí. O cerco ao transporte alternativo começou na manhã desta quinta-feira e só terminou à tarde.

O presidente do Detro, Rogério Onofre, reconheceu que o número de veículos detidos poderia ter sido maior. Mas atribuiu a quantidade de apreensões à eficácia da comunicação entre essas gangues. “Sabemos que o número de apreensões poderia ser ainda maior, mas os grupos que exploram o transporte alternativo, em especial os milicianos, operam com um sistema de comunicação de primeiro mundo, o que permite que eles se refugiem tão logo a fiscalização se apresente”, disse.

Na ação, atuaram 100 fiscais com 40 viaturas e 15 reboques. Os agentes foram apoiados pela Polícia Militar. Essa operação permanecerá durante os próximos dias. Em nota, o Detro afirmou que o combate à máfia das vans é feito em nome de Patrícia, que havia sido ameaçada em 2009 por essa gangue.

Através de nota, o presidente do Detro reclamou da atuação do judiciário em relação aos grupos ligados ao transporte alternativo. Ele citou o caso da cooperativa Santa Izabel, a única que continua a atuar no estado do Rio após a licitação de vans, por causa de uma decisão judicial. “Aqueles que querem a bandalha no transporte complementar no estado sempre procuram meios de seguir com a desordem. Infelizmente, alguns membros do Judiciário permitem que criminosos atuem livremente, amparados por medidas judiciais que nos impedem de apreender veículos piratas”, afirmou Onofre.

O foco da operação são as cidades de São Gonçalo e Niterói. Nesses municípios, a máfia das vans é acusada de cometer mais de 100 homicídios. “O governo do estado não vai se intimidar diante de ameaças e atos criminosos”, disse Onofre, que também já foi ameaçado de morte pela fiscalização do transporte alternativo. “Por causa dessas iniciativas, sofremos inúmeras represálias, fui ameaçado diversas vezes, sofri uma tentativa de atentando no interior, isso sem falar no assassinato de um de nossos fiscais e nas inúmeras ocorrências policiais registradas em ações do Detro”, afirmou Onofre através de nota. Ele prometeu atuar com ainda mais rigor contra os criminosos que tentam intimidar o trabalho do Detro.

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