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Deputado filho de ex-ministro será investigado na Lava Jato

Investigadores suspeitam que Mario Negromonte Junior (PP-BA) tenha recebido propina de empresa citada no petrolão por meio de doações oficiais de campanha

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 dez 2015, 13h49

O deputado federal Mario Negromonte Junior (PP-BA), filho do ex-ministro das Cidades no governo Dilma, Mario Negromonte, será investigado na Operação Lava Jato pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Negromonte-pai já é alvo de inquérito por participação no esquema do petrolão. Em acordo de delação premiada, o doleiro Alberto Yousseff esmiuçou o esquema de pagamento de propina a parlamentares do PP, incluindo o ex-presidente da sigla, Pedro Corrêa, já condenado na Lava Jato.

Em depoimento ao juiz Sergio Moro, Youssef disse que políticos do PP receberam repasses mensais de até 750.000 reais em propina, a partir de dinheiro desviado na Petrobras, durante a campanha eleitoral de 2010. O doleiro citou quatro beneficiários preferenciais da propina do PP – o atual deputado federal Nelson Meurer, o ex-ministro das Cidades Mario Negromonte e os ex-deputados Pedro Corrêa e João Pizzolatti. As suspeitas contra Mario Negromonte Junior são de que ele recebeu propina da empresa Jaraguá Equipamentos por meio de doações oficiais de campanha.

O nome de Negromonte Junior, que passou a ser investigado por decisão do ministro Teori Zavascki, já havia aparecido na Operação Lava Jato depois de o ex-deputado federal Luiz Argôlo ter afirmado a seus defensores que recebeu ameaças do congressista por meio do ex-assessor Aricarlos Nascimento. Nascimento trabalhou nas campanhas políticas de Argôlo e teria repassado o recado de que o ex-parlamentar deveria ficar “pianinho” porque, depois do petrolão, receberia apoio para voltar à vida pública. Segundo o relato do advogado de Luiz Argôlo, Sidney Peixoto, ao site de VEJA, se o ex-deputado aceitasse um acordo de delação contra ao PP, a família e sua própria vida estariam em risco. “Ele disse ‘o caminho de delator sabe qual é’. O caminho era a morte e às vezes poderia acontecer algo com a família dele”, afirmou o advogado. Na época das suspeitas, o deputado Mario Negromonte Junior disse, por meio de sua assessoria, que não houve ameaças e que não sabe o que motivou o ex-assessor a acusá-lo.

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