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Demóstenes, enfim, aparece: ‘Sou inocente’

Senador compareceu ao Conselho de Ética e pediu que o colegiado elegesse um presidente definitivo. Humberto Costa será o relator do processo

Por Gabriel Castro
12 abr 2012, 11h41

Depois de um longo silêncio, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) surpreendeu e compareceu nesta quinta-feira à sessão do Conselho de Ética destinada a escolher o relator de seu processo por quebra de decoro parlamentar. Demóstenes é acusado de usar o cargo para atender interesses do contraventor Carlinhos Cachoeira.

O parlamentar não comentou diretamente as acusações que o envolvem: apenas pediu que o colegiado elegesse um presidente definitivo – Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) havia sido escolhido para ocupar o cargo interinamente. Demóstenes disse que esse é o rito adequado. “Gostaria que o conselho elegesse definitivamente o presidente”, afirmou. Ele ressaltou, entretanto, que não pretende usar o possível descumprimento do trâmite legislativo para pedir a anulação do processo.

O parlamentar goiano também prometeu apresentar sua defesa no momento adequado. “Aqui, quero me defender no mérito e o farei nesse foro, que é competente”. O senador disse que vai apresentar a defesa por escrito. Demóstenes não ficou até o fim da reunião. Retirou-se “para não constranger” os colegas. À imprensa, o senador foi lacônico: “Sou inocente e vou provar minha inocência”. Foi a primeira vez que o parlamentar falou publicamente depois que se agravaram as denúncias contra ele.

Relator – O senador Humberto Costa (PT-PE) será o relator do processo contra o ex-democrata. A escolha se deu depois que outros cinco parlamentares sorteados rejeitaram a função: Lobão Filho (PMDB-MA), Gim Argello (PTB-DF), Ciro Nogueira (PP-PI), Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL) alegaram razões de “foro íntimo”.

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Humberto Costa disse que vai se prender às normas da Casa: “Eu pretendo cumprir de forma rigorosa o regimento do Conselho de Ética, do Senado e a Constituição”, afirmou, após ter sido escolhido. O petista também vai pedir aos órgãos de investigação acesso a documentos que podem incriminar Demóstenes.

Presidente – Atendendo à solicitação de Demóstenes, os integrantes do Conselho de Ética também elegeram nesta quinta-feira um presidente definitivo para o colegiado. O senador Antonio Carlos Valadares, que havia sido alçado à Presidência por ser o mais velho entre os senadores, foi reconduzido ao cargo. O presidente do Conselho de Ética era o senador João Alberto (PMDB-MA), que se licenciou do cargo para trabalhar no governo do Maranhão.

Valadares prometeu um julgamento isento no caso do senador Demóstenes: “Aqui não haverá preconceitos, discriminação nem perseguição. Apenas a busca da verdade”.

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