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Defesa de Roseana e Lobão pede arquivamento de inquérito no STF

Advogado de peemedebistas do Maranhão diz que Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef se contradizem sobre propina de 2 milhões para campanha

Por Da Redação
13 mar 2015, 08h31

A defesa da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney e do senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão, ambos do PMDB, apresentou nesta quinta-feira dois pedidos de arquivamento dos inquéritos contra eles na Operação Lava Jato. Roseana e Lobão se tornaram investigados há uma semana, quando o ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, determinou o início das investigações por suspeita de pagamento de propina de 2 milhões de reais para uma campanha de Roseana, em 2010.

O criminalista Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, argumenta que houve “duas medidas para uma mesma régua” em alguns casos. Roseana e Lobão são investigados por suspeita de dois crimes: corrupção passiva qualificada, em concurso de pessoas, e lavagem de dinheiro.

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Nas petições, a defesa argumenta que os pedidos de abertura de inquérito se basearam em depoimentos “contraditórios”. Kakay compara trechos das delações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, ambos delatores do petrolão, para dizer que um nega a informação que é apresentada pelo outro. Segundo o advogado, a decisão foi tomada de forma “enviesada”. Ele alega que o Ministério Público Federal construiu as peças apresentadas ao Supremo “com vontade de abrir um inquérito”.

Ao falar em “duas medidas para uma mesma régua” Kakay compara o caso do pedido de investigação de Roseana e de Lobão com a peça em que são citados o ex-ministro Antônio Palocci e a presidente Dilma Rousseff. Ele diz que a situação de Lobão é muito parecida com a de Palocci; e a de Roseana, com a de Dilma, mas que foram feitos pedidos distintos para os casos. A Procuradoria-Geral da República encaminhou a citação de Palocci à primeira instância da Justiça Federal, no Paraná, para averiguar se ele pediu recursos para a campanha presidencial de Dilma, em 2010. O Ministério Público não pediu inquérito sobre Dilma com base no artigo 86 da Constituição, que veda investigação do presidente da República em casos que tenham ocorrido anteriormente ao mandato.

Outro argumento usado pela defesa é de que uma informação apresentada por Costa é negada por Youssef. Kakay relata que o doleiro não confirma ter entregue 2 milhões de reais à campanha de Roseana, a pedido de Lobão, informação que foi apresentada por Costa em seu depoimento de delação premiada. “A mentira do Paulo Roberto é evidente”, diz o advogado. “O caso em tela obriga ao arquivamento da investigação em relação à recorrente [Roseana], sendo temerária a instauração de inquérito fundado em depoimentos contraditórios, bem como em conjecturas e informações parcas, duvidosas e superficiais prestadas em delação premiada.”

(Com Estadão Conteúdo)

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