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Defesa de Demóstenes pede anulação de escutas

Para advogado do senador, interceptações telefônicas que flagraram o parlamentar deveriam ter sido autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal

Por Gabriel Castro
10 abr 2012, 17h24

O advogado do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) entregou nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de anulação das escutas telefônicas que flagraram o parlamentar em conversas com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Antonio Carlos de Almeida Castro, advogado que defende Demóstenes, alega que as interceptações telefônicas que flagraram seu cliente foram feitas de forma ilegal, já que investigações sobre parlamentares dependem de autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

O questionamento é o centro da tese adotada pela defesa para livrar Demóstenes da condenação. Anuladas as escutas, é possível que não restem provas contra o senador. A Operação Monte Carlo, que flagrou as relações possivelmente criminosas entre Demóstenes e Cachoeira, foi coordenada pelo Ministério Público Federal em Goiás. Como Demóstenes não era o alvo – apareceu incidentalmente na história, em conversas com o chefe da quadrilha -, os promotores não pediram autorização ao STF para prosseguir com os trabalhos.

Sobre o conteúdo das gravações, aliás, Demóstenes Torres tem mantido total silêncio. Não apresentou contestações nem mesmo ao comando do DEM, seu antigo partido, de onde saiu para não ser expulso.

Acusações – Demóstenes foi flagrado pela Polícia Federal negociando trocas de favores com Carlinhos Cachoeira, que comandava a máfia dos caça-níqueis em Goiás. O senador, que deixou de comparecer ao Congresso e se mantém em silêncio desde que as denúncias se agravaram, deve perder o mandato.

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O parlamentar foi atingido pela operação Monte Carlo, da Polícia Federal. As autoridades desmontaram uma extensa rede criminosa comandada por Cachoeira. Foram presos policiais militares, civis e federais que participavam do esquema. Mas a maior surpresa veio de conversas entre Demóstenes e o contraventor, interceptadas pelos investigadores. Além de ter recebido do criminoso um presente de casamento no valor de 30 000 dólares, o senador foi flagrado pedindo auxílio financeiro e negociando o uso de um jatinho de Cachoeira.

O chefe da quadrilha também aparece negociando recursos com comparsas e, em vários trechos, cita o nome do parlamentar. Cachoeira chega a falar em “um milhão do Demóstenes”. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao STF a abertura de um inquérito contra o parlamentar. A corte acatou o requerimento.

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