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Debate sobre Lei da Palmada tem Xuxa e rainha da Suécia

Curiosos e fãs da apresentadora encheram os corredores da Câmara dos Deputados. Casa vai criar comissão para discutir a proposta

Por Gabriel Castro
19 Maio 2011, 14h46

Num Congresso povoado por palhaços, ex-jogadores de futebol e ex-participantes de reality show, não é qualquer celebridade que consegue arrastar multidões. Mas aconteceu nesta quinta-feira, em um seminário da Câmara dos Deputados se propunha a discutir a controversa Lei da Palmada, o projeto que pretende banir os castigos físicos a crianças no Brasil. As presenças da apresentadora Xuxa Meneghel e da rainha Sílvia, da Suécia, causaram tumulto.

O auditório que sediou o evento na Câmara ficou lotado de jornalistas, deputados que tentavam dividir os holofotes com as atrações do dia e – principalmente – funcionários ociosos do Congresso que pretendiam ver de perto a apresentadora de TV. Alguns trouxeram os filhos.

A rainha, que é filha de uma brasileira e morou em São Paulo dos 4 aos 14 anos de idade, discursou em português. “Para mim, é sempre uma alegria voltar ao Brasil”, disse a majestade, em um discurso de poucas palavras. Ela defendeu a importância da aprovação de leis que coíbam a violência contra a criança, mas ressaltou que isso ainda não é suficiente para acabar com o problema.

A Suécia foi o primeiro país do mundo a banir castigos físicos. De lá para cá, outras 28 nações aprovaram medidas banindo a prática.

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A Câmara dos Deputados vai instalar na semana que vem uma comissão especial para discutir a proposta da Lei da Palmada. Críticos da medida argumentam que a agressão a crianças já é crime, e que a aprovação da lei significaria uma intromissão do estado nas famílias.

A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, é a principal defensora do projeto, que foi elaborado pelo Executivo e chegou ao Congresso no ano passado. Ela argumenta: “A proposta é que se retire da legislação qualquer perspectiva de castigos físicos humilhantes”. Ou seja: a intenção da lei é proibir o que já é proibido.

Xuxa – Apesar da curiosidade gerada pela presença da rainha da Suécia, foi a apresentadora Xuxa quem atraiu a maior parte das atenções no Congresso. A cada passo da apresentadora infantil, um batalhão de fãs, quase todos já bem longe da infância, tentava capturar uma fotografia ou obter um olhar da estrela.

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Carismática, ela respondia com sorrisos, beijos e acenos. Já com o microfone nas mãos, Xuxa não foi tão habilidosa. Comparou a simples palmada ao assassinato de crianças, e desqualificou os pais que repudiam o projeto de lei como uma tentativa de interferir no ambiente familiar.

“É muito feio as pessoas falarem ‘Eu tenho o direito de bater, porque é meu filho’. Meu Deus do céu. Antigamente os professores também podiam bater nos alunos”, disse a apresentadora após a abertura do seminário.

Depois, mais tumulto no caminho até a van que levaria Xuxa embora. A deputada Manuela D’ávila (PC do B-RS), que acompanhou o trajeto, acusou os seguranças de terem agredido os fãs que tentavam se aproximar da apresentadora.

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