Réu em ação penal por 63 crimes, o prefeito afastado de Barueri (SP), Gil Arantes (DEM), declarou à Justiça Eleitoral na campanha de 2012, quando elegeu-se pela terceira vez para o cargo, que guardava 1,8 milhão de reais em dinheiro vivo, fora de contas bancárias. Acusado de improbidade administrativa, fraude de licitação, lavagem de dinheiro e desvio de verbas, Arantes foi afastado do cargo por ordem do Tribunal de Justiça de São Paulo na última terça-feira. O Ministério Público cobra dele a devolução de mais de 26 milhões de reais aos cofres municipais. Os desembargadores que decretaram o afastamento cautelar do democrata, efetivado na quarta-feira, também desconfiam que verbas públicas tenham abastecido uma campanha eleitoral de Arantes. (Felipe Frazão e Alexandre Hisayasu, de São Paulo)