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Cunha descarta deixar presidência da Câmara

Deputado peemedebista vai ser denunciado pela Procuradoria Geral da República por envolvimento no propinoduto montado na Petrobras

Por Da Redação
19 ago 2015, 20h36

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira que qualquer partido tem o “direito democrático” de pedir sua saída, mas que não pretende se afastar. “Eu não farei afastamento de nenhuma natureza. Vou continuar exatamente no exercício do cargo para o qual fui eleito pela maioria da Casa. Estou absolutamente tranquilo e sereno com relação a isso.”

Na iminência de ser denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por envolvimento no escândalo de desvios na Petrobras, o parlamentar ainda reagiu a um ofício da PGR encaminhado ao PSOL em que o órgão nega que investigações feitas na Casa tenham tido acesso aos computadores dos 513 deputados.

O PSOL havia encaminhado um pedido de explicações a Janot com base num relato de Cunha de que a ação realizada na Câmara vasculhou dados de todos os parlamentares.

No documento enviado ao partido, o procurador-geral diz não só que é inverídica a informação, como classificou a afirmação de Cunha aos líderes partidários de “no mínimo leviana”. Na ocasião, a ação na Casa foi solicitada pela PGR e autorizada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

No dia 4 de maio, Zavascki autorizou que um oficial de Justiça fosse ao Departamento de Informática da Câmara para retirar cópias que pudessem comprovar se Cunha é o verdadeiro autor de requerimentos que pediam ao Tribunal de Contas da União (TCU) a auditoria dos contratos entre Mitsui, Samsung e Petrobras. De acordo com o doleiro Alberto Youssef, delator do petrolão, os requerimentos foram criados pela ex-deputada federal Solange de Almeida (PMDB-RJ), hoje prefeita da cidade de Rio Bonito (RJ), em 2011, a pedido de Cunha e serviriam como uma “ameaça”, após a suspensão de um pagamento de propina oriundo desses contratos.

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Janot respondeu que a ação teve como foco Cunha e a ex-deputada federal do PMDB do Rio. “A leviandade da declaração reside no fato de que tenta usar como escudo a instituição Câmara dos Deputados – e, pela via da desinformação, seus pares – para atacar o Ministério Público Federal, embora a crítica à diligência seja de interesse exclusivo para a defesa do deputado Eduardo Cunha”, declara Janot no ofício enviado ao líder do PSOL, Chico Alencar (RJ).

Após o PSOL divulgar o conteúdo do ofício, Cunha imediatamente veio a público dizer que recebeu do corpo técnico da Casa a informação de que houve coleta de dados dos 513 deputados e que solicitou a certificação da informação para demonstrar que fala a verdade. “Se ele (Janot) desprezou os dados e utilizou o que interessava, não significa que quando fizeram a busca e apreensão aqui não coletaram todos os dados. Eles pegaram o sistema inteiro. Isso me foi falado pela área técnica”, afirmou.

Cunha avisou que responsabilizará a área técnica se a informação for incorreta e que poderá pedir eventualmente desculpas. Ele defendeu o respeito entre os Poderes e afirmou que não vai “bater boca com quem quer que seja”.

(Com Estadão Conteúdo)

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