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CPI do Cachoeira deve pedir indiciamento de Perillo

Comissão apresenta relatório nesta quarta-feira, após seis meses de trabalhos

Por Da Redação
20 nov 2012, 08h37

O relatório da CPI do Cachoeira deve ser apresentado amanhã com pedido de indiciamento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). A criação da Comissão Parlamentar de Inquérito, há seis meses, foi incentivada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apoiada por partidos da base aliada. O objetivo – frustrado – era desviar o foco do julgamento do mensalão. O relatório deve poupar a Delta Construções, empreiteira cujos diretores estavam ligados ao esquema de fraudes em licitações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Também devem ser indiciados o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), e o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).

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Perillo ainda tenta evitar ser acusado formalmente pela CPI. Na segunda-feira, obteve uma decisão do Supremo Tribunal Federal que, nas palavras de seus advogados, impediria que o indiciamento ocorresse. A liminar foi dada pelo ministro Marco Aurélio Mello. O relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), chegou a pedir um parecer para respaldar sua decisão de fazer o indiciamento. No mandado de segurança, os advogados de Perillo pedem a concessão da liminar para determinar à CPI que se abstenha de “convocar, conduzir, investigar ou indiciar” o governador. No mérito do recurso, a defesa pede a confirmação da decisão liminar.

“Para mim, a decisão do STF compreende tudo. Se o governador não pode sequer ser convocado, o indiciamento dele seria em razão de uma convocação dos elementos colhidos em relação a isso”, afirmou o advogado Marcos Mundim, um dos defensores de Perillo. “Como se pode fazer mais, se não pode menos?” Segundo o ministro Marco Aurélio, porém, mesmo com a liminar, o governador pode, sim, ter o pedido de indiciamento feito no relatório final da CPI.

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Cunha também pretende pedir o indiciamento de todos os depoentes que se recusaram a falar nas audiências da CPI. Ele está convencido de que os tentáculos da organização criminosa comandadas por Cachoeira eram muito fortes no governo goiano. Apesar de reconhecer que a organização tentou entrar em outros governos estaduais, Cunha decidiu poupar os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz.

Para o relator, o esquema ilegal comandado por Cachoeira tem semelhanças com a máfia. Além do jogo do bicho, a organização criminosa teria negócios legalmente constituídos para criar condições de lavar dinheiro de origem ilegal e agiria para cooptar agentes políticos. A CPI do Cachoeira foi criada como um antídoto ao julgamento do mensalão e com a determinação de atingir os tucanos. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, chegou a gravar vídeo vinculando a CPI com a estratégia do PT de neutralizar o escândalo do primeiro mandato de Lula.

(Com Estadão Conteúdo)

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