Embora tenha solicitado à direção da Petrobras registros dos últimos dez anos de gestão da petrolífera, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) recebeu nesta segunda-feira apenas uma mínima parte das gravações das reuniões do Conselho de Administração da estatal. Alegando que os arquivos anteriores foram destruídos, a direção da empresa enviou à CPI apenas documentos referentes ao período compreendido entre setembro de 2014 e abril de 2015. Os integrantes da CPI querem apurar como foram tomadas as decisões referentes aos contratos fraudados, que foram alvo da Operação Lava Jato, e os detalhes da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), que causou prejuízo de 792 milhões de dólares à Petrobras, conforme o Tribunal de Contas da União (TCU). Para tanto, o PSDB pretende apresentar requerimento nesta terça-feira pedindo uma ação de busca e apreensão na estatal. “Há muita dúvida em torno desse processo. Vamos tentar resgatar equipamentos e analisar o disco rígido deles”, disse o vice-presidente da CPI, deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA). A varredura na petrolífera tem o aval do presidente do colegiado, deputado Hugo Motta (PMDB-PB). (Marcela Mattos, de Brasília)
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