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Contra o relógio, PSD quer registro até 10 de setembro

Líderes do partido reúnem-se nesta segunda feira em São Paulo para fazer balanço de assinaturas colhidas pelo Brasil e preparar encontro com Dilma

Por Carolina Freitas
15 ago 2011, 18h50

Em uma corrida contra o relógio, os líderes do Partido Social Democrático (PSD) reúnem-se na noite desta segunda-feira em São Paulo para fazer um balanço da coleta de assinaturas para a criação do partido. Para obter registro na Justiça Eleitoral, a legenda precisa do apoio de 0,5% dos eleitores brasileiros – quase 500 mil assinaturas, colhidas em pelo menos um terço das unidades da federação. Leia também: Kátia Abreu: ‘Só xiitas são contra mudar o Código Florestal’ Entrevista: cada parlamentar do PSD votará como quiser A meta é conseguir o registro até 10 de setembro, para acalmar os ânimos entre os correligionários. Para que eles possam concorrer nas eleições municipais de 2012 é preciso oficializar o partido até 3 de outubro de 2011. “Não tenho dúvida de que participaremos das eleições municipais. Todos no partido estão seguros disso”, afirmou ao site de VEJA a senadora Kátia Abreu, fundadora do PSD, mas ainda filiada ao DEM por formalidade. “Estamos com o número mínimo exigido já para análise nos cartórios eleitorais. E temos assinaturas de sobra, para o caso de algumas serem descartadas”, disse Kátia. Explique-se o motivo da cautela: ao longo da coleta de apoios, surgiram denúncias de uso da máquina pública e de fraude nas assinaturas. “O cartório serve justamente para descartar essas irregularidades. Assim, burlar a lei é um crime impossível”, argumenta a senadora. “Queremos um partido de verdade. É a nossa vida política que está em jogo.” O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, pai do PSD, será o anfitrião do encontro desta noite, em seu apartamento, na zona oeste de São Paulo. Representantes do partido em cada estado estarão na capital paulista para prestar contas à cúpula da legenda. O encontro serve também para criar um discurso de consenso para a reunião do grupo com a presidente Dilma Rousseff, nesta quinta-feira, em Brasília. Questão de ponto de vista – Definido por Kassab como ‘nem de centro, nem de direta, nem de esquerda’, o PSD já nasce em crise de identidade. Com uma base composta por descontentes vindos sobretudo do DEM – entre eles Kassab e Kátia -, o partido luta para mostrar conteúdo. Crítica ferrenha do governo do PT, Kátia cansou de radicalismos. “A oposição está repetindo a oposição que o PT fez no passado. Eu não quero fazer oposição como empresa de demolição e não quero ser base de um governo leniente. Sou refém apenas dos meus princípios”, teorizou. Quando questionada sobre os sucessivos escândalos no governo Dilma Rousseff, no entanto, a senadora mediu as palavras. “Dilma agiu com correção, demitiu as pessoas e está mandando investigar. O Brasil está num nível de corrupção inadmissível”, disse. “A situação se agravou muito no governo anterior porque Lula foi permissivo. A decisão de ir à caça dos corruptos é do presidente da República. No governo anterior, não tivemos essa decisão.” Campo fértil – Sobre o ministro da Agricultura, área conhecida pela líder ruralista, Kátia mostrou pouca fé na permanência de Wagner Rossi no cargo. “Tenho certeza que o próprio vice-presidente não abrirá mão de colaborar com a presidente caso as denúncias se aprofundem”, disse em relação ao padrinho político de Rossi, Michel Temer. “Esse clima na Agricultura, além de constrangedor, é muito ruim para o setor.”


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