Na tumultuada reunião de líderes em que senadores discutiram nesta terça-feira detalhes da tramitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o único parlamentar com verdadeiro conhecimento de causa no processo, o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), resolveu palpitar sobre o provável desfecho do destino da petista. E comentou que, em seu caso, a tramitação do processo de impeachment foi feita a jato. Em 1992, a comissão processante do Senado foi instalada, redigiu o parecer e votou pela continuidade do procedimento de deposição de Collor no dia 30 de setembro. Em 1º de outubro, o Plenário do Senado aprovou o afastamento do então presidente. Ele foi notificado no dia 2 e deixou o cargo. “Considerado o meu rito, Dilma estaria afastada amanhã”, disse Collor. (Laryssa Borges, de Brasília)