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Circulação na Linha 3 é normalizada

Após colisão na Zona Leste, trens voltam a circular. Acidente deixou mais de trinta feridos, afetou outras linhas e causou congestionamento. Maquinista e sindicatos dos metroviários apontaram falha mecânica

Por Thais Arbex
16 Maio 2012, 14h00

A circulação na Linha 3-Vermelha do Metrô foi normalizada às 14h20 desta quarta-feira. Por volta de 9h50, dois trens bateram próximo à estação Carrão, na Zona Leste da capital paulista. Segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos 33 pessoas ficaram feridas. Por causa da batida, a circulação dos trens na linha do horário do acidente até o início da tarde estava sendo realizada somente entre as estações Palmeiras/Barra Funda e Tatuapé, causando transtornos a milhares de passageiros – cerca de 1,5 milhão de pessoas utilizam a Linha 3-Vermelha por dia.

O secretário de Transportes de São Paulo, Jurandir Fernandes, esteve no local do acidente. Segundo ele, a colisão ocorreu quando um trem bateu na traseira de outro, que estava parado. Alguns passageiros disseram que uma das composições estava vazia, mas a informação ainda não foi confirmada pela secretaria. Fernandes descreveu a colisão como um “acoplamento mais forte”. “Houve um engate que nós estimamos que ocorreu entre 9 e 12 quilômetros por hora. Até 9 quilômetros é um engate normal”, explicou.

Os dois trens estão sendo levados para o estacionamento da estação Penha, onde há uma oficina do Metrô. Técnicos da Comissão Permanente de Segurança (Copese) do Metrô estiveram no local e vão investigar as caixas-pretas das composições, além de analisar as filmagens e fotos.

Investigações – As causas do acidente ainda estão sendo investigadas. “Também queremos saber o que aconteceu. O trem não estava parado no lugar errado e não estamos trabalhando com a hipótese de falha humana”, disse Fernandes. “Estamos levantando todas as informações dos usuários, registros da caixa-preta, registros do Centro de Controle Operacional (CCO). Com todos esses elementos, mais o depoimento do condutor, teremos um quadro mais claro”.

O sindicato dos metroviários apontou falha mecânica como causa do acidente. “Conversamos com o operador do trem que bateu e, segundo ele, houve uma falha no sistema automático do trem”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metroviários Altino de Melo Prazeres Júnior. “Ao invés da informação de que o trem deveria parar, pois havia outro trem parado na frente, o sistema mandou o código para acelerar. Ao perceber o erro, o operador acionou o sistema de emergência para frear o trem. Se não tivesse feito isso, o choque seria em alta velocidade causando uma tragédia muito maior”.

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Segundo o sindicato, um operador de trem que estava trabalhando mais cedo na linha já havia informado a CCO, por volta das 8 horas da manhã, que havia uma falha de comunicação no trecho do acidente.

Mais cedo, o Major Fábio Barbieri, do Corpo de Bombeiros, também disse que uma falha no funcionamento do sensor que detecta a aproximação de obstáculos pode ter sido a causa da colisão entre as duas composições. Segundo ele, a informação foi passada por um maquinista.

A Polícia Civil também abriu inquérito para apurar as causas do acidente. O delegado titular da Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), Valdir Rosa, será o responsável pelas investigações.

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Leia também: “Voei dois metros”, diz homem que estava em trem que bateu

Local da colisão de trens na Zona Leste

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