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Chinaglia quer adiar votação do Código Florestal

Novo líder do governo diz que seria 'loucura política' votar projetos de grande interesse nacional, como a Lei Geral da Copa, sem acordo prévio

Por Luciana Marques
14 mar 2012, 14h56

Como quer o Planalto, o novo líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), pedirá nesta quarta-feira o adiamento da votação do projeto do Código Florestal, prevista para esta tarde. Chinaglia disse que fará o pedido ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), por falta de acordo em torno da proposta – o PMDB ameaça votar contra alguns dos pontos defendidos pelo governo.

Lei também: Dilma troca forças políticas para controlar Congresso

A votação do Código Florestal foi justamente um dos motivos que levaram à queda do antecessor de Chinaglia da liderança do governo, Cândido Vacarezza (PT-SP). Mesmo sem autorização da presidente Dilma, o ex-líder tentou colocar o texto em votação esta semana.

“Há divergências que ainda não foram sanadas, então temos que ter cautela maior”, disse Chinaglia. O deputado também manifestou a preocupação do governo com o tema em meio aos preparativos da Conferência Rio+20. O evento reunirá lideranças mundiais no Rio de Janeiro em junho. “É evidente que a Rio+20 é vitrine internacional e temos que aproveitá-la bem”, disse. “A melhor maneira é apresentar um Código Florestal que sirva como referência.”

Copa – Também por falta de acordo, Chinaglia tentará retardar a votação da Lei Geral da Copa. “Não podemos trabalhar com essa celeridade”, disse. “Ir à votação sem acordo prévio seria loucura política.”

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Nesta tarde, Chinaglia se reunirá com os líderes da base para tentar chegar a um consenso. O petista negou que haja uma crise entre o Planalto e o Congresso Nacional, apesar dos recentes protestos de partidos da base – particularmente o PMDB. “Naturalmente vocês podem encontrar alguém insatisfeito em qualquer partido, a começar pelo PT “, afirmou.

O deputado solicitou ao vice-presidente Michel Temer uma reunião para discutir as relações políticas. Eles trocaram algumas palavras na cerimônia de posse do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. “Aproveitei para pedir uma audiência com ele, dada a importância que ele tem no processo politico nacional”, disse Chinaglia.

Nos bastidores, a bancada do PMDB na Câmara está em polvorosa com a nomeação de Chinaglia. Os peemedebistas temem que ele ganhe força política com a nova missão e se candidate à Presidência da casa em 2013. PT e PMDB fizeram um acordo, no ano passado, para que houvesse rodízio das legendas no cargo. O PMDB teme que os petistas rompam o acordo em detrimento da candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Caberá a Temer intermediar as negociações a favor de Alves, que é seu braço-direito.

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