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Chefe da quadrilha de Rose quer delação premiada

Temendo condenação, Paulo Vieira analisa contar o que sabe - e promete envolver "gente graúda" no esquema desarticulado pela PF, segundo jornal

Por Da Redação
14 dez 2012, 06h41

O ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Rodrigues Vieira, defenestrado do cargo na esteira do escândalo provocado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, decidiu contar o que sabe às autoridades – e promete envolver “gente graúda” no caso. É o que informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta sexta-feira. Vieira é apontado pela PF como chefe do esquema que vendia pareceres de órgãos públicos para beneficiar empresas. Segundo o jornal, Vieira quer mostrar às autoridades que não cabia a ele chefiar a quadrilha – e informar quem, de acordo com ele, liderava o esquema corrupto.

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A quadrilha infiltrada em órgãos federais tinha como braço político a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, a Rose, amiga íntima do ex-presidente Lula. Segundo a PF, Rose, como é conhecida, “fazia aquilo que Paulo Vieira pedia”. A PF sustenta que Vieira era o líder da organização que teria se infiltrado nas repartições federais, inclusive três agências reguladoras, para atender interesses empresariais, como do ex-senador Gilberto Miranda, que também foi indiciado no inquérito da Porto Seguro. Um irmão de Paulo, Rubens Vieira, chegou a cargo estratégico – diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – também pelas mãos de Rose, conclui a PF.

No despacho de indiciamento de Rose, a PF assinala vantagens que ela recebeu no exercício da função, como passagens para cruzeiros marítimos, obtenção de nomeações de familiares – inclusive a filha, Mirelle – em cargos públicos sem concurso. A PF diz ainda que Rose agia “como particular, e valendo-se de sua amizade e acesso com pessoas em diversos órgãos públicos, para atuar e influir em nomeações e indicações.”

A interlocutores, segundo o jornal, Vieira tem dito que, ao empurrar o comando da quadrilha para outras pessoas, pretende obter um tratamento menos severo do Ministério Público – e, eventualmente, a redução de sua pena caso seja condenado. Ou seja, pretende obter um acordo de delação premiada. O ex-diretor da ANA já mudou até de advogado em busca de uma defesa mais agressiva. “Há muita coisa a ser levantada e eu pedi a meu cliente para ter paciência”, afirmou seu novo advogado, Michel Darre, ao Estado de S. Paulo.

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