Carlinhos Cachoeira deixa hospital em Goiânia
Bicheiro foi internado na noite domingo, com um quadro de diárreia e náuseas
O contraventor Carlinhos Cachoeira recebeu alta hospitalar na manhã desta sexta-feira. Ele foi internado na noite domingo, com um quadro de diárreia, náuseas e desidratação. O bicheiro ficou preso por nove meses, depois da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, e foi solto na semana passada. Cachoeira deixou o Instituto de Neurologia de Goiânia às 8h30, ao lado de sua mulher, Andressa Mendonça. O período na prisão comprometeu a saúde do bicheiro. Ele emagreceu dezoito quilos. Quando foi internado, segundo boletim médico, apresentava também taquicardia, estresse acentuado, transtorno de conduta e reação mista depressiva. Durante a semana internado, Cachoeira passou por exames e foi acompanhado pelo hematologista César Leite, que disse que o paciente precisa de tratamento psiquiátrico. Entenda o escândalo – Em fevereiro de 2012, a operação Monte Carlo, da Polícia Federal, revelou as íntimas relações do bicheiro Carlos Cachoeira com influentes políticos do Centro-Oeste, tanto da oposição como da base aliada. O senador goiano Demóstenes Torres (ex-DEM), figura de proa da oposição, foi o primeiro atingido. Uma série de gravações apontou que um dos mais combativos políticos do Congresso usava sua influência e credibilidade para defender os negócios de Cachoeira em troca de ricos presentes. Os grampos da PF também complicaram parlamentares de pelo menos seis siglas (PT, PSDB, PP, PTB, PPS e PCdoB), dois governadores (o petista Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, e o tucano Marconi Perillo, de Goiás) e a Delta, de Fernando Cavendish, empreiteira com maior número de obras no PAC. As revelações levaram à abertura de diversos inquéritos no STF, STJ e na Justiça Federal de Goiás e à criação de uma CPI no Congresso Nacional. Veja na Rede de Escândalos em que casos Cachoeira está envolvido.