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Caixa apura participação de funcionários em fraude

Bancários ajudaram funcionária do Ibrasi em esquema de corrupção

Por Adriana Caitano
12 ago 2011, 14h18

A Caixa Econômica Federal abriu nesta sexta-feira um procedimento interno para investigar o envolvimento de funcionários do banco no esquema de fraude em convênios do Ministério do Turismo com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). Os empregados do banco público participam de conversas gravadas pela Polícia Federal na Operação Voucher, deflagrada na terça.

Conforme o site de VEJA noticiou, Katiana Necchi, filha de Maria Helena, diretora do Ibrasi, solicitou a um funcionário da Caixa, identificado como Edmilson, documentos sigilosos referentes às empresas Manhattan Propaganda e Barbalho Reis Comunicação e Consultoria. “Vou te mandar um documento que você tem a obrigação de me tirar aquela parte confidencial, tá?”, diz Edmilson nas gravações feitas pela PF.

De acordo com a assessoria de imprensa da Caixa, o departamento jurídico do banco solicitou à Polícia Federal autorização para acessar o processo sobre o escândalo do Turismo e identificar os funcionários citados.

O caso – Desde que a Operação Voucher foi deflagrada, 36 pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento com o esquema de desvio de dinheiro de convênios entre o ministério e a instituição sem fins lucrativos. O contrato de 4,4 milhões de reais previa a capacitação de profissionais de turismo no Amapá, mas ao menos 2,9 milhões de reais foram desviados para o bolso dos envolvidos no esquema.

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Entre os acusados estão o secretário-executivo da pasta, Frederico Costa, o ex-presidente da Embratur Mário Moysés e o presidente do Ibrasi, Luiz Gustavo Machado, apontado como chefe do esquema. Eles e outras 15 pessoas permanecem detidos preventivamente no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Até esta manhã, 18 presos temporariamente já haviam sido libertados após prestarem depoimento. Ainda há dois mandados de prisão preventiva a serem cumpridos.

Investigações – A PF deve concluir o inquérito sobre o caso ainda nesta sexta-feira e, em seguida, encaminhá-lo ao Ministério Público Federal do Amapá (MPF-AP). O procurador-geral do estado Celso Leal irá analisar o documento e, provavelmente na próxima semana, ajuizar na Justiça Federal ações penal e de improbidade administrativa contra os acusados.

Ele também deverá decidir se abre investigação sobre a atuação da deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP), autora da emenda parlamentar sobre o convênio MTur-Ibrasi. Se o procurador considerar que Fátima deve ser investigada, poderá encaminhar a indicação à Procuradoria-Geral da República, que decidirá sobre um possível processo contra a deputada no Supremo Tribunal Federal (STF), já que ela tem foro privilegiado.

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