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Brasília reúne 100.000 em protesto contra o governo e o PT

Este foi o maior protesto contra a gestão da presidente petista desde o início dos movimentos populares de rua, em 2013

Por Da Redação 13 mar 2016, 13h43

Protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff reuniram 100.000 pessoas na Esplanada dos Ministérios na manhã deste domingo, em Brasília. O cálculo é da Polícia Militar, que havia mobilizado cerca de 2.000 policiais para garantir a segurança dos manifestantes. Em Brasília, este foi o maior protesto contra a gestão da presidente petista desde o início dos movimentos populares de rua, em 2013.

A concentração de manifestantes ocorreu desde as 10 horas da manhã e pouco depois das 11 horas, a PM já estimava que 100.000 pessoas haviam tomado a região central da cidade. Vestidas majoritariamente de amarelo, elas empunhavam cartazes contra o ex-presidente Lula, em favor do impeachment e em apoio ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba.

O escândalo de corrupção na Petrobras foi o tema central do protesto. Manifestantes pediram o impeachment de Dilma, ironizaram o ex-presidente Lula e exigiram a prisão da “jararaca”. A referência ao réptil foi utilizada pelo político depois de ele ter sido levado para depor no processo a que responde por suspeitas de ter recebido vantagens e benesses de empreiteiras envolvidas no petrolão. Uma manifestante se fantasiou de Dilma Rousseff e ergueu um cartaz ‘Fora Eu’. O senador Álvaro Dias (PV-PR) acompanhou o ato.

Um dos trios elétricos do protesto deste domingo em Brasília estava caracterizado como o tríplex do petista no Guarujá. O Ministério Público de São Paulo não tem dúvidas de que o imóvel foi dado à família Lula da Silva de presente da construtora OAS, investigada no escândalo de corrupção na Petrobras. O já tradicional boneco gigante do Pixuleko, que representa o ex-presidente vestido de presidiário, foi montado diante do Congresso Nacional, enquanto mini Pixulekos infláveis foram distribuídos de cima dos carros de som. Pela primeira vez, havia também bonecos infláveis retratando o juiz Sergio Moro como super-herói.

Mais uma vez, Moro foi a personalidade mais homenageada durante a manifestação na capital federal. Houve um “aplaudaço” pelo magistrado em frente à Catedral Metropolitana e diversos gritos de guerra em favor das condenações impostas pelo juiz na Lava Jato. Com máscaras representando o magistrado e o policial Newton Ishii, celebrizado como o “Japonês da Federal” por escoltar presos da Lava jato, os manifestantes pediram a prisão do ex-presidente Lula, a exemplo do que já havia feito o Ministério Público de São Paulo na última semana, e de políticos investigados no petrolão, como os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

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As manifestações em Brasília também foram utilizadas, em menor escala, para a defesa da intervenção militar e para críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao controle de veículos de imprensa alinhados ao governo. O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) subiu em um dos carros de som do protesto, o que ostentava faixas de apoio a Sergio Moro, mas não foi autorizado a discursar. O pastor Silas Malafaia e Maria Lúcia Bicudo, filha do jurista Hélio Bicudo, que assinou um dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff, também acompanharam os protestos.

Em frente ao Congresso Nacional, isolado por policiais militares e PMs da guarda montada, pessoas se uniram e formaram os dizeres “Fora, Dilma” no gramado. Por diversas vezes, uma “ola” para “varrer a corrupção” foi feita diante do parlamento. Os organizadores encerraram o protesto por volta das 12h05, quando a multidão começou a se dispersar.

Segundo a Polícia Militar, não houve ocorrências graves no protesto em Brasília. No início da manhã, um foi abordado com um carro roubado e levado para a 5ª DP. A PM diz que não houve apreensão de armas nem incidentes de maior relevância.

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