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Máfia do ISS: empresas procuravam corruptos, diz auditor

Em entrevista ao 'Fantástico', fiscal acusado desconversou sobre participação de políticos no esquema e disse que gastou dinheiro com garotas de programa

Por Da Redação
25 nov 2013, 00h04

O auditor fiscal Luis Alexandre Cardoso Magalhães, primeiro envolvido no caso da Máfia do Imposto sobre Serviços (ISS) a aceitar a delação premiada, afirmou em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, exibida na noite de domingo, que as construtoras envolvidas no escândalo eram as responsáveis por procurar os auditores acusados de integrar a quadrilha.

“Quem queria participar, procurava a gente. A construção civil sabia quem ia ser o chefe do setor antes mesmo de ser nomeado”, afirmou Magalhães, descartando a teoria de que as construtoras eram “vítimas” de um sistema organizado pelos auditores. Além de Magalhães, Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral, Eduardo Horle Barcellos e Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como o chefe da quadrilha, também têm seus nomes envolvidos no escândalo.

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“Tinha obra que devia muito, então eles já sabiam como funcionava e sugeriam participar daquela situação (esquema)”, complementou. Muitas vezes, segundo o auditor, as construtoras pagavam apenas a metade do que deviam aos cofres públicos. E, desse montante, apenas uma parte era recolhida como imposto. O valor restante, caracterizado como propina, era dividido em quatro partes. Com essa divisão, cada auditor chegava a receber entre 30 000 e 70 000 reais por semana. O esquema de corrupção pode ter provocado um rombo de 500 milhões de reais aos cofres públicos, em valor que teria deixado de ser arrecadado entre 2007 e 2012.

Políticos – Questionado sobre o envolvimento de políticos no esquema, Magalhães desconversou. “Minha participação era até o subsecretário. Não tinha contato no dia a dia com o subsecretário para saber com quem ele se relacionava”, disse ele em referência a Ronilson Rodrigues, ex-subsecretário da receita municipal.

Na entrevista, o auditor contou que gastava o dinheiro das propinas com viagens e garotas de programa. “Eu comecei a ficar compulsivo por sexo”, revelou. Magalhães também comprou uma lancha avaliada em 500 mil reais. Quando perguntado se devolveria a quantia recebida no esquema, caso isso fosse possível, o auditor respondeu: “Não teria como. Só se eu bater na porta de um monte de moça para tentar devolver.”

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(Com Estadão Conteúdo)

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