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Atella usou procuração falsa também para quebrar sigilo de genro de Serra

Segundo o advogado de Verônica, procuração usada para violar dados de Alexandre segue o modelo da que permitiu o vazamento de informações de Verônica

Por Carolina Freitas, Fernando Mello
10 set 2010, 15h38

Um documento obtido pelo site de VEJA nesta sexta-feira mostra que dados fiscais – e não só cadastrais – de Alexandre Bourgeois, genro do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foram acessados na delegacia da Receita Federal de Santo André, no ABC paulista. A procuração, apontada como falsa pelo advogado do empresário, Sérgio Rosenthal, mostra que o contador Antônio Carlos Atella pediu à Receita dados do Imposto de Renda (IR) do genro de Serra. Isso contraria a versão apresentada esta semana pela Receita, de que apenas dados cadastrais de Alexandre, como nome, CPF e endereço, teriam sido acessados.

O 16º Tabelião de Notas de São Paulo informou que Alexandre não tem firma naquele cartório e que selo falso utilizado por Atella para pedir os dados de Verônica Serra, filha de Serra, já era utilizado pelo submundo em São Paulo. O mesmo golpe havia sido usado em março de 2009. Ela também teve os dados sigilosos violados com uso de uma procuração falsa. Rosenthal havia dito, também nesta sexta, que a procuração usada para violar os dados de Alexandre segue o modelo da que permitiu o vazamento de informações de Verônica: tem data de 29 de setembro de 2009, registro no 16º Tabelião de Notas de São Paulo e traz o nome de Atella como procurador.

O advogado esteve na manhã desta sexta-feira na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, onde reuniu-se com o delegado responsável pelo inquérito, Hugo Uruguai. Os depoimentos de Verônica e Alexandre à PF foram agendados para a próxima quarta-feira. “Eles farão uma declaração curta, para ratificar as informações que já passaram à imprensa, de que não assinaram qualquer procuração e de que não conhecem Atella”, disse Rosenthal ao site de VEJA. Na ocasião, a PF vai coletar as assinaturas do casal e enviá-las à perícia para fazer a comparação com as assinaturas que constam na procuração usada por Atella.

O contador foi ouvido nesta sexta-feira, pela segunda vez, na Polícia Federal em São Paulo. A servidora da Receita Lúcia de Fátima Milan, que acessou os dados com o documento falso, também prestou depoimento.

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